Eventos extremos
O que são eventos extremos?
Os eventos extremos são fenômenos climáticos e/ou meteorológicos que ocorrem em volume acentuado e fora dos níveis considerados normais. Secas prolongadas, chuvas torrenciais e ondas de calor, por exemplo, apresentavam uma ocorrência muito menor do que vemos hoje, mas a crise climática tem tornado tais eventos extremos mais severos e frequentes.
O aumento da temperatura média do planeta desregula ciclos naturais do clima, afetando principalmente as populações em situação de vulnerabilidade. Entre elas, comunidades ribeirinhas e pessoas que vivem em encostas ou nas periferias das cidades sem infraestrutura e saneamento básico adequado.
A hora de agir é agora!
Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), moradores de periferias morrem 15 vezes mais por eventos climáticos extremos e o número de pessoas expostas a secas e enchentes em cidades deve dobrar até 2030. Pessoas negras e mulheres de baixa renda, com até um salário mínimo e chefes de família, são as mais afetadas, aponta pesquisa recente do Instituto Pólis.
Como os eventos extremos afetam a sobrevivência?
Tanto o excesso de chuvas como a seca prolongada são fenômenos climáticos que têm tido suas dinâmicas alteradas pelo aquecimento do planeta, ocorrendo em volume e frequência mais intensos e fora dos níveis considerados normais. Esse desequilíbrio impacta a geração de energia, desencadeia perdas na produção de alimentos, pressiona a inflação e a vida de quem menos influencia toda essa alteração no clima, as populações periféricas, que vivem em situação de vulnerabilidade socioeconômica e sem acesso a uma série de direitos básicos. Este é um ciclo que agrava ainda mais as desigualdades.
Com a energia mais cara, sobe o preço de tudo, do leite, da carne, do pão e, é claro, da tarifa de luz, que vira conta de luxo. Segundo pesquisa do IPEC do fim de 2021, 22% dos brasileiros relataram que precisaram deixar de consumir algum alimento básico para pagar a conta de luz. Enquanto isso, o governo ignora termos um dos maiores potenciais do mundo em fontes como solar e eólica, menos poluentes e mais baratas. Virar as costas para a crise climática aprofunda desigualdades estruturais, atingindo principalmente as populações periféricas, que já sofrem com a violação de direitos fundamentais. Confira a campanha “Energia Cara é Sujeira”, da qual o Greenpeace Brasil faz parte, e confira algumas soluções.
Confira nosso podcast
Explore outros tópicos
Apoie uma causa
Últimas notícias
-
Greenpeace Brasil entrega abaixo-assinado “Basta de tragédias” no Ministério do Meio Ambiente
A entrega, junto com ação realizada em frente ao MMA, ecoa as vozes de milhares de brasileiros que pedem por ações que se antecipem às tragédias climáticas
-
Greenpeace Brasil entrega abaixo-assinado ao Ministério do Meio Ambiente e pede urgência do poder público frente aos eventos extremos
Documento “Basta de Tragédias” foi entregue à secretária nacional de Mudança do Clima, Ana Toni, e alerta a urgência de se revisar e colocar em prática o Plano Nacional de…
-
Asas da Emergência e os superpoderes da solidariedade
Greenpeace doou mais de 50 toneladas de alimentos para famílias atingidas pela seca histórica que castigou a Amazônia em 2023
-
Consciência é saber que nossos passos vêm de longe e que futuros são possíveis
O Dia Nacional da Consciência Negra, 20 de outubro, acontece na data em que morreu Zumbi dos Palmares, uma das maiores referências da luta do povo negro brasileiro por liberdade. Luta que continua flamejante naqueles e naquelas que lutam pela igualdade de direitos e pelo combate incessante às desigualdades no país.