Eventos extremos

O que são eventos extremos?

Os eventos extremos são fenômenos climáticos e/ou meteorológicos que ocorrem em volume acentuado e fora dos níveis considerados normais. Secas prolongadas, chuvas torrenciais e ondas de calor, por exemplo, apresentavam uma ocorrência muito menor do que vemos hoje, mas a crise climática tem tornado tais eventos extremos mais severos e frequentes.

Foto de casas destruídas por um deslizamento de terra ocorrido em Petrópolis, no Rio de Janeiro, em 2022.

O aumento da temperatura média do planeta desregula ciclos naturais do clima, afetando principalmente as populações em situação de vulnerabilidade. Entre elas, comunidades ribeirinhas e pessoas que vivem em encostas ou nas periferias das cidades sem infraestrutura e saneamento básico adequado.

A hora de agir é agora!

Segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), moradores de periferias morrem 15 vezes mais por eventos climáticos extremos e o número de pessoas expostas a secas e enchentes em cidades deve dobrar até 2030. Pessoas negras e mulheres de baixa renda, com até um salário mínimo e chefes de família, são as mais afetadas, aponta pesquisa recente do Instituto Pólis.

Como os eventos extremos afetam a sobrevivência?

Tanto o excesso de chuvas como a seca prolongada são fenômenos climáticos que têm tido suas dinâmicas alteradas pelo aquecimento do planeta, ocorrendo em volume e frequência mais intensos e fora dos níveis considerados normais. Esse desequilíbrio impacta a geração de energia, desencadeia perdas na produção de alimentos, pressiona a inflação e a vida de quem menos influencia toda essa alteração no clima, as populações periféricas, que vivem em situação de vulnerabilidade socioeconômica e sem acesso a uma série de direitos básicos. Este é um ciclo que agrava ainda mais as desigualdades. 

Com a energia mais cara, sobe o preço de tudo, do leite, da carne, do pão e, é claro, da tarifa de luz, que vira conta de luxo. Segundo pesquisa do IPEC do fim de 2021, 22% dos brasileiros relataram que precisaram deixar de consumir algum alimento básico para pagar a conta de luz. Enquanto isso, o governo ignora termos um dos maiores potenciais do mundo em fontes como solar e eólica, menos poluentes e mais baratas. Virar as costas para a crise climática aprofunda desigualdades estruturais, atingindo principalmente as populações periféricas, que já sofrem com a violação de direitos fundamentais. Confira a campanha “Energia Cara é Sujeira”, da qual o Greenpeace Brasil faz parte, e confira algumas soluções. 

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