O rompimento da barragem do Fundão em novembro de 2015, no município de Mariana-MG, causou o maior desastre minerário ambiental da história no Brasil, despejando 50 milhões de metros cúbicos de resíduos minerários no ambiente e criando uma “avalanche de lama”, que causou a destruição total e parcial de povoados mais próximos, como no município de Barra Longa-MG.

Qual o impacto dessa tragédia na saúde das populações atingidas? São escassas as informações públicas de saúde desde o desastre. Para investigar os efeitos causados pela lama da Samarco na vida de moradores das comunidades de Gesteira e Barreto, nas zonas urbana e rural do município de Barra Longa, o Instituto Saúde e Sustentabilidade (ISS) lançou, junto ao Greenpeace, o estudo “Avaliação dos riscos em saúde da população afetada pelo desastre de Mariana”.

A pesquisa aplicou questionários estruturados de autoavaliação de saúde e as necessidades de assistência local em saúde para 507 moradores do município que participaram do estudo. Os dados encontrados espelham o sofrimento da população a diversas queixas e doenças. Entre os participantes, 37% deles referem sua saúde pior que antes do desastre.

Dentre os problemas de saúde que relatam espontaneamente, 40% são respiratórios; 15,8% são afecções de pele; 11% transtornos mentais e comportamentais; 6,8% doenças infecciosas; 6,3% Doenças de olho; e 3,1% problemas gástricos e intestinais. Foram relatados 31 casos 6 (6,6%) de Dengue, apenas na área urbana e entre 2 a 6 meses – o que demonstra que, de fato, um surto ocorreu na cidade. Dos respondentes com problemas, 56% afirmam terem deixado de realizar alguma de suas atividades habituais.

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