A Amazônia abrange a maior reserva de água doce do mundo. Cerca de 100 mil km de rios formam o mais diverso conjunto de cursos de água da Terra. O Tapajós é um dos mais belos e importantes. Um leito de águas verde-azuladas que dá forma a uma sucessão de corredeiras, praias, cachoeiras, igapós, igarapés e pedrais, emoldurado por florestas intocadas. Desde o Mato Grosso, o Tapajós rasga o oeste do Pará por 800 km até desaguar no Rio Amazonas, regendo a vida de milhares de índios e ribeirinhos.

O Rio Tapajós é a mais recente fronteira hidrelétrica do Brasil. Além de São Luiz do Tapajós, outras quatro barragens estão planejadas para serem construídas nele e no Jamanxin, seu principal afluente. Sem falar nas mais de 40 outras usinas previstas para os demais rios da bacia.

O impacto socioambiental de hidrelétricas em biomas frágeis como a Amazônia é bem conhecido pelas populações e regiões afetadas e se repete a cada novo caso. Entre os impactos já observados estão o aumento do desmatamento, a redução da biodiversidade, o deslocamento forçado de comunidades indígenas e tradicionais, além da abertura de estradas ilegais e a invasão de terras indígenas por madeireiros e grileiros.

Para evitar estes impactos na região e as alterações significativas em seu modo de vida, o povo Munduruku se organiza para barrar a construção de hidrelétricas na região, pela demarcação legal de suas terras e o reconhecimento da necessidade de preservação das terras que abrangem a bacia do rio Tapajós, no coração da Amazônia.

O Greenpeace produziu um relatório documentando essa luta dos Munduruku e reunindo pesquisas de campo sobre a necessidade de investir em outro modelo de energia na região e garantir o direito dos povos originários e ribeirinhos que vivem no Tapajós.

Leia aqui o relatório completo.

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