São Paulo, SP – Não há o que comemorar: ao contrário do que afirma, o governo brasileiro não atingiu a meta de redução de desmatamento de 80% na Amazônia, que deveria ser no máximo de 3.925 km2 em 2020. A última taxa de desmatamento (2017) foi de 6.947 km2, ou seja, 77% maior que a meta.

“Os cálculos que o governo utiliza para anunciar a redução das emissões de CO2 por desmatamento deveriam ser transparentes. Ao incluir na conta as remoções de emissões em terras indígenas e Unidades de Conservação (UCs), o governo levanta uma série de dúvidas. Embora essas terras sejam fundamentais para a proteção das florestas, elas sofrem com invasões, retirada ilegal de madeira, desmatamento e queimadas, o que afeta a capacidade dessas áreas absorverem carbono”, explica Cristiane Mazzetti, especialista em Desmatamento do Greenpeace Brasil.

Já em relação ao uso do Cadastro Ambiental Rural (CAR), ele não é instrumento adequado para medir remoções de gases do efeito estufa.

Além disso, Temer anuncia uma redução de emissões por desmatamento ao mesmo tempo em que propõe e concretiza políticas na direção contrária, como a redução de áreas protegidas e a Lei 13.465/2017, que incentiva a grilagem de terras, dentre outras propostas que levarão a um aumento do desmatamento e de emissões futuras, colocando em risco, inclusive, o cumprimento brasileiro do Acordo de Paris.

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