Neste episódio, falamos sobre como multinacionais fabricantes de escavadeiras hidráulicas têm responsabilidade no avanço do garimpo em Terras Indígenas

Aviões, helicópteros, barcos e lanchas. Todos esses veículos são necessários para explicar o avanço do garimpo em Terras Indígenas. Mas existe uma máquina que, embora pouco citada, tem uma influência determinante para a destruição ter chegado nos níveis atuais. São as escavadeiras hidráulicas.

De 2021 até agora, foram identificadas 176 escavadeiras hidráulicas operando ilegalmente dentro dos territórios Yanomami, Munduruku e Kayapó. Não por coincidência, são essas regiões que concentram os maiores índices da atividade ilegal.

O dado foi apresentado nesta semana no relatório Parem As Máquinas! Por uma Amazônia Livre de Garimpo, produzido pelo Greenpeace Brasil, em parceria com o Greenpeace do leste asiático. No dia do lançamento do documento, foi realizada uma ação pacífica próximo à entrada da fábrica da Hyundai, em Itatiaia (RJ).

A escolha do local não foi à toa. Este mesmo relatório descobriu que das 176 escavadeiras identificadas em Terras Indígenas, 76 (42%) pertencem à marca sul-coreana. Queremos que a Hyundai seja parte da solução, não do problema, e já existe um caminho para isso: ela já dispõe de uma tecnologia capaz de monitorar por onde andam as escavadeiras produzidas pela empresa. Ou seja, é possível descobrir se as máquinas estão sendo usadas para o garimpo ilegal dentro de Terras Indígenas.

Para saber mais do relatório e do protesto do Greenpeace, conversamos com Ariene Susui, porta-voz da campanha de Amazônia do Greenpeace Brasil. Você confere também uma entrevista com a liderança Maial Kayapó, afetada diretamente pelo garimpo. Toda família dela tem um histórico de luta pelo direito dos povos originários e Maial é sobrinha-neta do cacique Raoni.

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Links de referência:

Créditos:

  • Apresentação: Camila Doretto e Rafael Silva;
  • Produção e roteiro: Lucas Weber;
  • Entrevistadas: Ariene Susui e Maial Kayapó;
  • Sound Design: Compasso Coolab;
  • Trilha original: Marcellus Meirelles e Alexandre Luppi;
  • Edição: Mandril Audio;

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