Nossas conquistas

Separamos alguns momentos da nossa trajetória que mostram como o ativismo comprometido e independente realmente pode fazer a diferença. Temos diversas conquistas a comemorar, que nos inspiram e que devem ser relembradas. Conheça mais da nossa atuação!

Conquistas em 30 anos de Greenpeace Brasil

1992O nascimento do Greenpeace Brasil
© Steve Morgan/Greenpeace

Nossa história começa em 26 de abril de 1992, quando um grupo de ativistas instalou 800 cruzes no pátio da Usina Nuclear de Angra dos Reis (RJ) em protesto contra a energia nuclear e em homenagem às vítimas do acidente nuclear de Chernobyl. Algumas semanas depois, em junho daquele ano, foi realizada a Eco-92, a Conferência da ONU para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro (RJ). O evento contou com a primeira vinda do navio Rainbow Warrior ao país. Trinta anos depois, nos multiplicamos e nos tornamos milhares!

19931ª expedição pela Amazônia
Forests Action against Timber from the Amazon

Durante o encontro da Eco-92, o navio Rainbow Warrior rumou para Angra dos Reis. Relembrando o trágico acidente na usina nuclear de Chernobyl, 800 cruzes foram afixadas no pátio da usina de Angra. O episódio marca a chegada do Greenpeace ao Brasil.

19931ª conquista do Greenpeace Brasil
© Marcello Casal JrAgência Brasil

Em 1993, o Brasil se tornou signatário da Convenção de Basileia, que estabeleceu diretrizes para a importação de resíduos tóxicos e perigosos. Um resultado da pressão do Greenpeace Brasil e outras organizações contra empresas poluidoras.

1994Ação contra o corte predatório de árvores na Amazônia

Nossos ativistas e estudantes locais impediram que um navio ucraniano partisse de Santarém, no Pará, com madeira da Amazônia para exportação à França, Holanda e sudeste asiático. O carregamento do navio foi interrompido por mais de duas horas, quando os ativistas escalaram os guindastes dos navios, se acorrentaram a eles e sentaram-se nas pilhas de madeira serrada.

1999Denúncia de roubo de madeira
Rio mostrando muitas toras e madeiras boiando. Quatro pessoas seguram os dizeres: é crime e Greenpeace brasil, fazendo a denúncia

Após expedição pelo Rio Purus, denunciamos um esquema de roubo de madeira no território indígena Hi-Merimã, o que provocou a abertura de um inquérito na Procuradoria-Geral do Estado do Amazonas.

2001Protesto contra fábrica chinesa

Com uma faixa de 14 metros escrita “Crime Amazônico” e uma motosserra inflável de seis metros no portão, paralisamos as atividades da madeireira chinesa Compensa, fabricante de compensados, que comprava madeira oriunda de desmatamento em Manaus (AM). Ao fazer um discurso denunciando a prática predatória da empresa, nosso coordenador da campanha de Amazônia na época, que participou da ação, foi aplaudido pelos funcionários.

2001 Apreensão de mais de 7 mil metros cúbicos de mogno ilegal

Depois de uma série de denúncias feitas pelo Greenpeace Brasil, agentes do Ibama e da polícia, além de alguns dos nossos ativistas, adentraram uma serraria na Rodovia Transamazônica no Pará. Foram apreendidos carregamentos de mogno ilegal avaliados em US$ 7 milhões no mercado internacional, à época.

2002 Protesto contra a Perdigão

Com os ativistas na frente da sede da empresa, em São Paulo, o Greenpeace denunciou a contaminação de soja transgênica em três produtos da marca. Depois do protesto, a Perdigão finalmente reconheceu que seus métodos de controle não estavam sendo rigorosos o suficiente, e decidiu introduzir novos mecanismos de controle.

2003 Suspensão do comércio de mogno

A campanha da Amazônia do Greenpeace Brasil teve uma importante conquista em 2003: após intensa pressão, o governo brasileiro suspendeu o comércio de mogno, árvore ameaçada de extinção.

2003Demarcação de terra do povo Deni

Após quatro anos de mobilização junto ao governo e a opinião pública, o povo Deni teve seus direitos reconhecidos e suas terras demarcadas, no sudoeste do estado do Amazonas. Em uma investigação em campo, descobrimos que uma gigante madeireira da Malásia, a WTK, planejava comprar 313 mil hectares de floresta virgem para explorar madeira. Parte desta área se sobrepunha ao território dos Deni e não poderia ser negociada. Os Deni aguardavam a demarcação de suas terras desde 1985 e pediram ajuda ao Greenpeace Brasil para proteger seu território.

2004 Criação de unidade de conservação em Porto de Moz (PA)

Após muita pressão do Greenpeace com a campanha pela criação da Reserva Extrativista Verde para Sempre, em Porto de Moz, no Pará, o então presidente Lula assinou uma série de decretos que acabou com a exploração ilegal de madeira e declarou a área como unidade de conservação.

2004Navio argentino e transgênicos

Carregando soja transgênica, um navio argentino foi denunciado pelo Greenpeace Brasil. Após o feito, o porto em Paranaguá, no Paraná, não aceitou mais cargas deste tipo devido a possibilidade de contaminação da soja convencional da região.

2004Fim do acordo nuclear

Junto a ONGs do Brasil e da Alemanha, pressionamos o governo a suspender o acordo nuclear internacional. Após forte mobilização, o acordo foi substituído por uma parceria de incentivo a energias renováveis.

2005Denúncia em Porto de Moz

Após a conquista pela criação da unidade de conservação em Porto de Moz (PA), em 2004, o Greenpeace fez uma denúncia contra madeireiros retirando madeira ilegal da reserva extrativista Verde para Sempre. O madeireiro Wagner Lazarini foi multado em mais de R$ 1 milhão por desmatamento ilegal.

2006Relatório “Comendo a Amazônia” e moratória da soja

Produzimos o relatório “Comendo a Amazônia”, que detalhou como a demanda mundial por soja produzida na região alimenta a destruição da floresta. A rede McDonald’s foi a primeira a responder à denúncia, se comprometendo a eliminar a soja amazônica de sua cadeia de suprimentos. A campanha conquistou uma moratória de dois anos na compra de soja proveniente de novos desmatamentos na Amazônia.

2007 Folha Top of Mind 2007

Recebemos do jornal Folha de S. Paulo o prêmio Top of Mind, na categoria Preservação do Meio Ambiente.

2009“Veneno no meu prato não!”

Em meio à campanha contra a aprovação do arroz transgênico pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), o Greenpeace Brasil se mobilizou para expor os possíveis danos que o arroz transgênico da Bayer poderia causar à saúde humana e ambiental. Também fizemos um protesto na Casa Civil, da então ministra Dilma Rousseff, que tinha o poder de vetar a liberação. Com o ato, a votação foi adiada.

2009 “A Farra do Boi na Amazônia”

Relatório que produzimos revelou que marcas como Nike, Adidas, BMW, Gucci, Timberland, Honda, Walmart e Carrefour impulsionaram, involuntariamente, o desmatamento da Amazônia. Com a denúncia, muitas dessas marcas anunciaram a suspensão de compra de produtos vindos do desmatamento.

2015 Deixe as fontes fósseis no chão

Colocamos um banner no Encontro das Águas, em Manaus (AM), para nos manifestarmos contra a exploração petrolífera na região. Uma semana depois, com a pressão de outras organizações da sociedade civil, os blocos na Amazônia ficaram de fora do leilão da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

2015 Entrega do projeto de lei pelo Desmatamento Zero

Junto com outras ONGs, entidades religiosas, artistas e mais de 1,4 milhão de brasileiros e brasileiras, entregamos no Congresso Nacional um projeto de lei (PL) pressionando para o fim do desmatamento. Esse momento também marca a primeira vez que a sociedade leva à casa um PL pelo fim do desmatamento nas florestas do país.

2015 Ajudamos a mobilizar um milhão de pessoas pelo Tapajós

Ao lado do povo Munduruku, lutamos contra a construção da Usina Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós em seu território. A campanha global pedindo para que o Tapajós continuasse vivo, assim como toda forma de vida à sua volta, alcançou um milhão de assinaturas! A licitação foi arquivada em 2016 após grande pressão da sociedade civil.

2017 Defendemos os Corais da Amazônia

Em 2017, fizemos uma expedição à bacia da foz do Rio Amazonas para registrar a grande diversidade do recife dos Corais da Amazônia, até então desconhecida. Em seguida, iniciamos uma grande campanha para frear a atividade petrolífera na região, que colocava em risco a biodiversidade local. Mais de dois milhões de pessoas ao redor do mundo participaram de um abaixo-assinado se declarando contra a exploração de petróleo. No fim de 2018, o Ibama anunciou a rejeição definitiva da licença ambiental para que a petrolífera Total atuasse na região.

2017 Revogação do decreto da Renca

Ambientalistas, artistas e lideranças indígenas se uniram às mais de 1,5 milhão de pessoas que exigiram a revogação do decreto que extinguiu a Renca (Reserva Nacional do Cobre e Associados), liberando a área na Amazônia para exploração mineral. A grande mobilização nacional deu resultado e o governo Michel Temer recuou.

2018 Mobilização contra o Pacote do Veneno

Em 2018, o Greenpeace Brasil e outras organizações da sociedade fizeram uma intensa campanha contra os agrotóxicos quando a ofensiva ruralista conseguiu que o Pacote do Veneno (PL nº 6.299/2002), fosse colocado em votação na Câmara dos Deputados. A mobilização fez com que a votação fosse adiada por 10 sessões legislativas, e, apesar da aprovação do texto pelos parlamentares, a campanha fortaleceu o debate público. Na imagem, Marina Lacôrte, porta-voz da campanha de Agricultura e Alimentação do Greenpeace Brasil, durante as votações. Atualmente, o Pacote do Veneno tramita no Senado mas com forte oposição da sociedade.

2019 Garimpo ilegal na Terra Indígena Munduruku

Em setembro de 2019, realizamos um sobrevoo na Terra Indígena Munduruku para expor e denunciar o garimpo ilegal que assola a região. A equipe de pesquisa do Greenpeace Brasil analisou os alertas de desmatamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e mostrou que, em dois anos, a destruição da floresta na Terra Indígena Munduruku aumentou quase seis vezes. A denúncia ganhou repercussão nacional.

2020 Asas da Emergência

A pandemia da Covid-19 limitou nossas operações em campo, mas não a nossa solidariedade. Ao longo de 2020, conseguimos distribuir 125 toneladas de alimentos, insumos e equipamentos para comunidades indígenas em situação de vulnerabilidade em áreas remotas da Amazônia. Foram 191 mil quilômetros percorridos em 126 viagens feitas com o nosso avião para prestar ajuda emergencial a mais de 160 mil indígenas.

2021 Agroecologia contra a fome

Em maio de 2021, o Greenpeace Brasil e organizações parceiras iniciaram a campanha “Comida para quem precisa de comida de verdade”, com o objetivo de doar e promover alimentos agroecológicos, produzidos pela agricultura familiar, para pessoas em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar aprofundada pela pandemia. No total, foram doadas 59 toneladas de alimentos saudáveis e mais de 14 mil pessoas foram atendidas em 12 estados brasileiros.

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