A marca de 13,59 metros atingida hoje, no Porto de Manaus, indica o menor nível do Rio Negro desde o início de sua medição

Estiagem na Amazônia. Rio Negro no Parque Nacional de Anavilhanas, em Manaus, Amazonas | Foto: © Marizilda Cruppe / Greenpeace Brasil

Manaus, 16 de outubro de 2023 – De acordo com dados do sistema do Porto de Manaus, nesta segunda-feira (16), o Rio Negro atingiu o menor nível histórico já medido, registrando a marca de 13,59 metros. Em outubro de 2010, o rio bateu a marca de 13,63 metros e havia sido considerada a seca mais severa de toda a história do Rio Negro.

É preciso que a ajuda humanitária dos governos Estaduais e Federal as populações mais vulnerabilizadas sejam aceleradas, já que as que estão em curso têm sido lentas e insuficientes para o tamanho do desastre ambiental que estamos enfrentando. 

Para Rômulo Batista, porta-voz do Greenpeace Brasil, as ações dos governos estaduais e federal têm sido lentas e insuficientes para o tamanho do desastre ambiental que estamos enfrentando. “É hora dos governos se unirem e da sociedade brasileira se engajar para mitigar o máximo possível os impactos advindos da seca extrema. Precisamos nos mobilizar para levar água potável, alimentos e auxílio médico para as populações mais afetadas, além de seguir combatendo as queimadas, que agravam ainda mais a seca e trazem problemas respiratórios para a população. Apesar disso, não podemos seguir aguardando as crises acontecerem para, só depois, agir. A médio e longo prazo, é urgente a discussão de políticas públicas para a elaboração de estratégias e ações de mitigação e adaptação, que zelem pela vida das populações, em especial àquelas mais expostas aos impactos dos eventos extremos causados pela crise climática. Não tem como falar em crise do clima sem falar de justiça social”. 

Ajuda humanitária
Neste momento de emergência, o Greenpeace Brasil está trabalhando em parceria com organizações da sociedade civil para levar itens de primeira necessidade para as vítimas da seca extrema e prolongada na Amazônia. Até o momento, já foram entregues mais de 3 toneladas de alimentos para populações do Médio Solimões. Além disso, a organização relançou a campanha de arrecadação chamada Asas da Emergência para angariar recursos que serão destinados para a compra e entrega de suprimentos emergenciais, como alimentos, água e itens de higiene pessoal, para populações vulnerabilizadas pela seca – em especial, povos indígenas e comunidades tradicionais.

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