São Paulo, SP – Nesta Semana Mundial Sem Carne, que começa em 11/06, o Greenpeace envia um chamado às prefeituras e governos estaduais de todo o mundo para que incentivem a redução do consumo de proteína animal, a partir de programas e parcerias que proporcionem uma alimentação mais diversificada e saudável, com menos carne e mais inclusão de vegetais. O raciocínio de que ‘menos é mais’ é tema do relatório (em inglês) lançado em março de 2018 pelo Greenpeace, apontando que a produção e o consumo mundial de carne e laticínios devem ser reduzidos pela metade até 2050, para evitar a aceleração das mudanças climáticas. Hoje a pecuária é o setor da cadeia produtiva de alimentos que mais emite Gases de Efeito Estufa (GEEs) e é a atividade que mais desmata a Amazônia.

O Brasil já tem apresentado exemplos de experiências bem-sucedidas nesse sentido, como o projeto Escola Sustentável, lançado pelo Ministério Público da Bahia e liderado pela Humane Society International (HSI), que promove a redução do consumo de carne e incentiva a aquisição de produtos da agricultura familiar em escolas públicas no interior da Bahia. Programas da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) também demonstram que esta mudança de hábito alimentar é possível, e só em São Paulo, atendem 1,7 milhão de alunos da rede estadual de ensino.

“Como não tem planeta B para vivermos, precisamos começar a encontrar maneiras de reduzir o consumo da carne. Além de fazer mal para a saúde, quando consumida em excesso, a produção de carne está diretamente relacionada ao desmatamento, conflitos e violência no campo. Estimular uma alimentação mais variada, com menos carne e veneno na merenda escolar, é estimular nossos filhos a fazer essa mudança positiva crescer”, observa Adriana Charoux, da campanha de Amazônia do Greenpeace.

A produção mundial de carne emite atualmente o mesmo volume de GEEs de que todos os carros, caminhões, aviões e navios do planeta juntos. Dessa forma, se não forem controladas, as emissões da indústria de proteína animal também podem comprometer a meta internacional de não exceder os 1,5ºC Celsius de aumento na temperatura média global até o final do século. Segundo os cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU), esse é um limite importante, que se ultrapassarmos, pode contribuir para o aumento de cenários de eventos climáticos extremos no planeta.

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