Em meio ao cenário de eventos climáticos extremos, cada vez mais intensos e frequentes em todo o mundo, governos devem se comprometer com ações efetivas e urgentes

Foto: Reuters

São Paulo (SP), 18 de setembro de 2023 – O Greenpeace Brasil espera que o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, faça uso da visibilidade de seu discurso na abertura da 78ª sessão da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para anunciar ações ambientais imediatas e efetivas. É hora de viabilizar o desmatamento zero da Amazônia até 2030, frear a crise climática, defender os povos das florestas e a biodiversidade e viabilizar uma transição energética justa, que priorize a proteção das populações mais vulnerabilizadas pela crise do clima, abandonando os combustíveis fósseis e adotando fontes renováveis.

O Brasil tem potencial para se tornar a primeira grande economia do mundo a sequestrar mais gases com efeito de estufa do que emitir, alcançando potencialmente a negatividade do carbono em 2045.

Até hoje, a Amazônia já perdeu 17% de sua vegetação nativa, sendo que no Brasil essa porcentagem chega a 21%, segundo dados da organização Mapbiomas. Outro levantamento recente, feito pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA), mostra que só nos últimos 10 anos as cicatrizes de incêndios e queimadas na Amazônia Legal já atingiram uma área maior que a França (62 milhões de hectares)

A redução nas taxas de desmatamento na Amazônia brasileira durante os primeiros oito meses de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022, comprova que esforços eficazes contra a degradação florestal podem contribuir para alcançar a meta de reduzir as emissões em 50% até 2030. 

Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2023 atingiu o maior aumento já registrado da temperatura média do planeta  (17,01°C). No Brasil, desmatamento e queimada das florestas são os maiores contribuintes para as emissões de gases do efeito estufa. Com a realidade de eventos climáticos extremos que já atinge milhares de pessoas ao redor do mundo e no próprio Brasil, é urgente impedir que a Amazônia siga sendo destruída.

Dessa forma, o Greenpeace Brasil torce para que o presidente Lula demonstre que a proteção ao meio ambiente é, de fato, uma prioridade de seu governo e anuncie um plano estruturado de ações práticas que consolidem o Brasil como uma liderança climática.

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