Disparidade entre fontes tem gerado desinformação e dificultado o trabalho das organizações em campo; Greenpeace Brasil reúne dados e imagens com base em fontes oficiais

Estradas bloqueadas, casas destruídas, pontes danificadas e estruturas comprometidas marcam o bairro de Galópolis, um dos mais impactados na cidade de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul | Foto: Tuane Fernandes / Greenpeace Brasil

Para auxiliar o trabalho de cobertura, apuração e checagem das equipes de reportagens e evitar a proliferação de fake news durante a cobertura das chuvas no Rio Grande do Sul, o Greenpeace Brasil reuniu dados oficiais e realizou um balanço das perdas humanas e materiais referentes aos dez primeiros dias da tragédia no estado, de 30 de abril a 11 de maio. Confira os gráficos abaixo.  

Assim como em outras coberturas de emergências climáticas, o Greenpeace Brasil também criou um banco online de imagens, de acesso aberto e gratuito, com fotos e vídeos registrados diretamente do Rio Grande do Sul. O banco já conta com mais de 60 fotos de vários municípios atingidos e será atualizado diariamente. Todas as imagens   podem ser usadas livremente pela imprensa, mediante uso correto dos créditos. Veja as orientações abaixo. 

Em resumo, de 30 de abril a 11 de maio, foi registrado em todo o estado do RS:

  • Desalojados: mais de 537 mil pessoas
  • Em abrigos: mais de 81 mil pessoas;
  • Óbitos: 136 pessoas;
  • Desaparecidos: 125 pessoas;
  • Municípios afetados: 446 (de um total de 497 municípios, segundo o IBGE);

Sobre os danos materiais, de 10 de abril a 09 de maio, o estado registrou 438.230 clientes sem abastecimento de água (15% do total); o maior número de pessoas sem abastecimento de água foi registrado no dia 04 de maio, quando 1.056,877 milhão de clientes enfrentaram o desabastecimento (34% do total).

*Fontes das informações: equipe de dados e pesquisa do Greenpeace Brasil; Boletins diários da Defesa Civil do Rio Grande do Sul.

“Os números altos dos danos materiais e humanos de mais essa tragédia no Rio Grande do Sul tem mostrado ao poder público o quanto é caro e triste não investir em prevenção e adaptação climática. Precisamos  encarar com seriedade que a conta da negligência pública em não preparar as cidades brasileiras perante a intensificação de eventos extremos são vidas e histórias perdidas. Não podemos admitir que novos impactos e ciclos de desastres sejam nossa realidade, a população brasileira não merece passar por isso novamente. Precisamos de planos nacional e estaduais de adaptação climática já!”, diz o porta-voz de Justiça Climática do Greenpeace Brasil, Rodrigo Jesus.

Banco online de fotos de campo do Greenpeace Brasil

Imagens em alta resolução realizadas pelo time de audiovisual do Greenpeace Brasil sobre a tragédia climática no Rio Grande do Sul. Elas são públicas, mediante o uso correto dos créditos: Nome fotógrafo + Greenpeace Brasil. O drive será atualizado diariamente com novas imagens.

Acesse o banco com as fotos e vídeos do Rio Grande do Sul

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