Em meio a um cenário de extremos climáticos, a organização leva à Conferência das Nações Unidas um conjunto de demandas para responsabilizar grandes poluidores, garantir a transparência no financiamento climático e direcionar recursos públicos para uma transição sustentável e inclusiva nos países em desenvolvimento

Confira aqui o documento completo com as demandas

Porta-vozes do Greenpeace Brasil e de diversos outros países participarão da COP29, no Azerbaijão. Com foco no financiamento climático, a organização defende que os países devem acordar em taxar e eliminar subsídios aos poluidores ambientais dos combustíveis fósseis, como empresas de petróleo, e aos destruidores da natureza, como desmatadores e grileiros, para financiar medidas de adaptação, mitigação, perdas e danos nos países em desenvolvimento.

Além de um financiamento climático público e justo na COP29, o Greenpeace espera que os países apresentem, até fevereiro de 2025, metas climáticas (as NDCs) que estejam alinhadas com o compromisso de limitar o aquecimento médio da Terra em até 1,5º C.

“A situação climática exige medidas urgentes e responsabilização das grandes corporações poluidoras. Estamos em um ponto crítico. Se não agirmos agora, os impactos serão irreversíveis, e as populações mais vulneráveis ​​pagarão o preço mais alto”, afirma a diretora-executiva do Greenpeace Brasil, Carolina Pasquali. 

“O primeiro passo para a justiça climática é fazer com que os grandes poluidores climáticos arquem com os custos do que eles estão fazendo. É inaceitável que países em desenvolvimento continuem a sofrer enquanto os que mais poluem lucram com a crise climática”, completa a diretora. 

Confira as principais demandas do Greenpeace Brasil na COP29

  • Financiamento climático anual de pelo menos US$1 trilhão até 2030, de países desenvolvidos para países em desenvolvimento, com o objetivo de promover a transição justa; 
  • Financiamento público e livre de combustíveis fósseis: para ser justo e eficaz, o financiamento climático deve ser público e não pode envolver investimentos em combustíveis fósseis, mesmo os considerados de “transição”. Para ser justo, o financiamento climático deve ser por meio de doações ou de empréstimos a taxas muito abaixo do valor de mercado;
  • Responsabilidade dos grandes poluidores: o Greenpeace Brasil defende que a COP29 inclua a tributação de grandes empresas poluidoras e elimine subsídios para práticas destrutivas. É hora de responsabilizar quem mais lucra com a manipulação do planeta.
  • Estabelecimento de uma Meta Global de Adaptação: até 2025, a organização espera que sejam definidos indicadores claros e mensuráveis ​​para a meta global de adaptação climática e que os países apresentem planos com metas concretas e homologadas à justiça climática. 
  • Integração das agendas climáticas e de biodiversidade: é necessário alinhar as agendas climáticas e de biodiversidade, garantindo que ações de mitigação não prejudiquem a natureza. 
  • Transição justa para toda a sociedade: a transição para uma economia de baixo carbono precisa ser inclusiva, considerando as comunidades locais e tradicionais e as pessoas que mais sofrem com a crise climática. Além disso, o Greenpeace Brasil espera que sejam definidas metas específicas para perdas, danos e adaptação climática.

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