Segundo as previsões, Alagoas e Rio Grande do Norte podem ser os mais atingidos

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou, nesta sexta-feira (16), um alerta de perigo de chuvas intensas entre hoje e sábado (17) em áreas das regiões Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sudeste, principalmente nos estados de Alagoas e Rio Grande do Norte. O volume total de chuva pode chegar a 50 milímetros (mm) em 24h, com ventos de até 60 km/h.

No Brasil, cerca de 4 milhões de pessoas vivem em áreas de risco. Os impactos das chuvas recaem sobre as populações negras e pobres que historicamente vivem em áreas vulneráveis nas periferias dos centros urbanos, onde convivem com a falta de políticas públicas: “As cidades brasileiras não estão preparadas para os desafios impostos pela emergência climática e o poder público segue negligenciando os impactos desiguais. É necessário preparar as cidades por meio da implementação de políticas locais de prevenção, adaptação e resposta a esses eventos, trazendo para o debate as pessoas mais impactadas.”, diz Igor Travassos, coordenador da frente de Justiça Climática do Greenpeace Brasil. 

Para Travassos, os eventos climáticos extremos estão cada vez mais frequentes, mas não há empenho por parte do poder público para se antecipar às tragédias: “As fortes chuvas que resultaram em 18 mortes e deixaram cerca de 1.300 pessoas desabrigadas na Bahia, no Rio de Janeiro e em São Paulo, no mês de janeiro, são resultado da falta de políticas de prevenção, adaptação às mudanças climáticas e resposta aos eventos extremos. Quantos mais precisarão morrer ou perder tudo para que os governantes garantam cidades seguras para todas as pessoas?”.

O Greenpeace Brasil lançou um abaixo-assinado que convida toda a população a pressionar o governo para revisão e implementação do Plano Nacional de Adaptação (PNA), que junto com o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres, tem como objetivo criar metas e estratégias governamentais para a gestão e redução de riscos que crescem devido à crise climática. Acesse o abaixo-assinado aqui.

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