Jerusalém (Israel), 1º de abril de 2019 – Em sua primeira visita a Israel, ativistas do Greenpeace recepcionaram o presidente Jair Bolsonaro com um grande banner de 140m2, em frente ao hotel onde está hospedado, com a mensagem, em inglês: “Bolsonaro, pare com a destruição da Amazônia”.

Márcio Astrini, coordenador de Políticas Públicas do Greenpeace Brasil, afirma: “Nós vamos lembrar o Presidente da importância da Amazônia a todo momento, sem descanso. Uma área correspondente a dois campos de futebol da floresta amazônica brasileira é desmatada a cada minuto. Trata-se de um patrimônio de todos os brasileiros que está sendo destruído. Isso é inaceitável e precisa ter um fim”.

Entre agosto de 2017 a julho de 2018, a floresta perdeu cerca de 1.185.000.000 (um bilhão, cento e oitenta e cinco milhões) de árvores. As primeiras medidas do novo governo para o meio ambiente representam um aumento do risco para a Amazônia e para os povos indígenas – comprovadamente, os maiores guardiões da floresta. Dentre elas, estão a concessão ao Ministério da Agricultura da demarcação de terras indígenas, o desmonte orquestrado do Ministério do Meio Ambiente, os ataques às ações de fiscalização do Ibama para combater o crime, as constantes ameaças de liberação de áreas protegidas da Amazônia para a mineração, o ataque deliberado aos direitos dos povos indígenas e a promessa de abertura de suas terras para produção agrícola, entre outras.

“Comprometer o poder de atuação do Ibama e ameaçar a existência de áreas protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação, diminui o poder de atuação do Estado e sabota ações que são fundamentais no combate ao desmatamento. Além disso, passa um recado de que a destruição da floresta, que ocorre em sua maioria de forma criminosa, não só continuará, como terá ainda mais espaço. O desmatamento da floresta está perto de atingir um limite irreversível, comprometendo o futuro de todos nós. Portanto, nós não temos tempo a perder!”, defende Astrini.

Para o Greenpeace, ao invés de promover uma agenda de retrocessos, o Governo Bolsonaro deveria assegurar a proteção da Amazônia, pois ela é fundamental não só para o equilíbrio climático global, assegurando as chuvas que garantem a produção de alimentos, como também é importante para nossa economia. Consumidores de todo o mundo, empresas e governos já deixaram bem claro que não querem produtos contaminados por desmatamento. Proteger a floresta, portanto, é proteger a vida, o clima, a economia e o emprego de milhões de brasileiros.

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