Ativistas do Greenpeace realizam um protesto pacífico em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília.

Brasília, DF – Na manhã desta quarta-feira, o Greenpeace realizou um protesto pacífico em frente ao Palácio do Planalto, em Brasília. Ativistas da organização levaram de maneira simbólica o derramamento de óleo do Nordeste e a destruição da Amazônia para frente do local de trabalho do presidente.

“O governo Bolsonaro e seus órgãos competentes estão falhando no combate às manchas de óleo no Nordeste. Em vez de focar na resolução do problema com eficiência, o presidente Jair Bolsonaro viajou para o exterior enquanto o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, tenta mascarar a sua inação desviando a atenção do problema e jogando a responsabilidade para a população e para as organizações não governamentais. Mais uma vez, o governo mente e espalha falácias sobre a atuação de ONGs, como vimos nas queimadas na Amazônia, como forma de desviar a atenção da sua própria falta de ação e incompetência”, afirma Thiago Almeida, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace.

Desde o final de agosto, as manchas de petróleo atingem a Região Nordeste e o governo, além de ter demorado a agir, está sendo ineficiente e pouco transparente com a sociedade. Enquanto isso, os cidadãos realizam, como podem, a limpeza das praias. Voluntários do Greenpeace no Nordeste também estão contribuindo com esse esforço realizando atividades, ajudando em trabalhos de combate ao óleo e documentando os locais atingidos. Um papel que deveria ser do governo, mas que, por completa falta de competência, pouco fez de efetivo.

Fotos e vídeos da ação estão disponíveis aqui.
(Crédito compulsório)

Durante a ação, ativistas exibiam faixas como “um governo contra o meio ambiente”, “Brasil manchado de óleo” e “Pátria queimada, Brasil”, remetendo a imagem do país que está queimada pelo mundo. Com uma pequena amostra da Amazônia destruída, ativistas lembraram que a conduta inadequada do governo Bolsonaro não se limita ao óleo nas praias. Até hoje, pouco se fez para conter a destruição da Amazônia, pelo contrário, dados recentes sinalizam as consequências da falta de ação do governo: a área com alertas de desmatamento emitidos em agosto e setembro de 2019 foi 142% maior em comparação ao mesmo período em 2018, conforme indicado pelo sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

“Desde que tomou posse, o governo Bolsonaro tem esvaziado e enfraquecido órgãos de proteção e fiscalização ambiental, ameaçando rever Unidades de Conservação e abrir Terras Indígenas para interesses econômicos. O presidente fez inúmeros discursos que encorajam o crime ambiental. Agora, estamos vendo o resultado desta política”, afirma Cristiane Mazzetti, da campanha de Florestas do Greenpeace Brasil.

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