O Legado de Chernobyl

Há mais de 30 anos, a explosão do reator nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, ficou marcada como o pior acidente nuclear da História. Um enorme rastro de vítimas e contaminação foi deixado, causando impactos em todo o planeta. Até hoje suas consequências persistem. Os dados oficiais subestimam o número real de mortos, que pode chegar a dezenas de milhares ao longo dos anos em consequência da contaminação radioativa. A minissérie da HBO, exibida entre maio e junho de 2019, retrata com muitos detalhes os momentos e dias logo após o acidente de 26 de abril de 1986. A trama resgata tensões políticas do caso e também atos heroicos que impediram uma catástrofe ainda mais devastadora, com sequelas inimagináveis para todo o mundo. Algumas lições foram aprendidas, mas acidentes posteriores, como o de Fukushima, em 2011, mostram que o uso da energia nuclear ainda representa uma grande ameaça à vida no planeta.

 

 

A História do Greenpeace e a energia nuclear

Em 1971, uma equipe de 12 pessoas, entre jornalistas, hippies e ecologistas, partiu de Vancouver, Canadá, a bordo de um velho barco de pesca rumo ao Ártico para testemunhar e tentar impedir os testes nucleares realizados pelos EUA nas ilhas Amchitka, no Alaska. Interceptados antes de chegar a seu destino, os ativistas não impediram os Estados Unidos de detonarem a bomba, mas sua obstinação e coragem despertou a atenção do planeta. Após forte pressão popular, os testes nucleares foram suspensos na região.

No dia 26 de abril de 1992, um grupo de ativistas a bordo do mítico Rainbow Warrior fincou 800 cruzes no pátio da Usina Nuclear de Angra, no Rio de Janeiro, simbolizando os mortos no acidente radioativo de Chernobyl. O protesto marcava o início oficial das atividades do Greenpeace no Brasil.

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