Conheça a biodiversidade da Amazônia através do olhar de cientistas

Pesquisadores de Vertebrados

Sobre mim: 

Sempre digo que nasci biólogo, desde criança, nunca pensei em outra profissão. No meio do caminho para a formalização da profissão (em busca do diploma mesmo) eu esbarrei em um apaixonante grupo de pequenos animais: os anfíbios (que compreendem aos sapos, rãs, pererecas, salamandras e cecílias). Olhar atentamente as espécies, observar suas características, tanto morfológicas quanto ecológicas, sempre me gerou muito fascínio. 

Eu nasci no estado do Espírito Santo e concluí a graduação e o mestrado por lá. Porém, meu coração sempre me dizia que eu precisava “viver a Amazônia”. E quando se é biólogo, a Amazônia é um sonho. Quando se é um biólogo que estuda sapos, esse sonho se multiplica por mil, porque é na Amazônia que os anfíbios mais coloridos e enigmáticos surgem.

E foi assim que juntei dois sonhos: (1) estudar e buscar por novas espécies de anfíbios e (2) “viver a Amazônia”. Vi no INPA a oportunidade de estar em uma instituição de prestígio internacional e ser orientado (e acompanhar o trabalho) pela maior especialista de anfíbios amazônicos. 

Hoje, associo ecologia e evolução para entender como espécies tão parecidas se diversificaram, quais são as diferenças entre elas e, de certa forma, junto argumentos para apresentar as novas espécies à ciência e a sociedade.

A pesquisa, apesar de não ser valorizada como merece, é o que move um cientista curioso. A busca incessante, o desvendar de fenômenos, o entendimento de padrões. Tudo isso poderia ser citado por qualquer pesquisador no mundo. Nada é mais puro e alegre do que ver um coro de sapos em uma noite de chuva. Eu estudo os anfíbios por eles e para eles. Luto para me manter na pesquisa, tentando gerar dados que sirvam de subsídios para que ações de preservação aconteçam, para os anfíbios e para a floresta (como a Amazônia, nesse caso).

Lattes: https://lattes.cnpq.br/2328561954462445

Sobre mim: 

Eu faço pesquisa porque acredito que devemos nos empenhar para conhecer a real diversidade das espécies, bem como a sua área de vida, acredito que devemos mostrar o quão importante é lutar para preservar as espécies.

O que me motiva é o amor pela vida e pelo conhecimento, acredito que os trabalhos feitos agora vão ajudar na preservação das espécies no futuro, também acredito que isso vai agregar no conhecimento das futuras gerações.

Mas para muitos estudantes faltam recursos para que possam se manter, (aluguel, comida, etc), e a incerteza da manutenção das bolsas (muitos estudantes que inicialmente conseguiram bolsas têm elas cortadas), é o que desestimula muitos a continuar na área da pesquisa.

Lattes: https://lattes.cnpq.br/5342432989691425

No Peru temos muitas espécies que podem ser consideradas “fantasmas” porque são conhecidas apenas pelo holótipo ou menos de cinco amostras em coleções científicas. Uma dessas espécies é o roedor Mesomys leniceps, esta espécie foi coletada em 1926 e posteriormente não temos mais informações sobre ela. Essa falta de informação me motiva a iniciar esta investigação. 

Bem, sou peruana e aqui temos poucos recursos para pesquisa básica e, para mim, o Brasil foi a porta que me permitiu continuar com meus objetivos de cientista. No tempo que eu estive no Brasil, vi que pouco a pouco o desafio vai agora no mesmo caminho que no Peru: basicamente o corte de bolsas e financiamento de projetos que viabilizem a formação acadêmica. 

O Brasil tem uma biodiversidade incrível, muitas espécies ainda não descritas e muitos lugares que ainda não foram amostrados, essa é minha principal motivação para pesquisar não só no Brasil, mas também no Peru. 

Lattes: 

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Sobre mim: 

Na atualidade, considerando o cenário, qualquer pesquisador é movido pelo amor que tem à ciência. Esta com certeza é uma das minhas principais motivações. 

Estamos vivendo tempos em que a ciência está passando por um processo gradual de desvalorização e desmonte. Sem dúvida, penso que estamos vivendo um período de retrocesso com agravante do cenário de pandemia, dificultando ainda mais o trabalho do pesquisador.

O gênero Anableps (“Tralhoto”), que é o foco da minha pesquisa, é uma figura marcante do cotidiano nos estuários amazônicos mas, ao mesmo tempo, pouco estudado da perspectiva da sistemática integrativa. Então ao escolher esse tema, busco dar mais um passo para o conhecimento da diversidade desse gênero tão famoso e emblemático.    

Lattes: https://lattes.cnpq.br/0373750485264451

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