Conheça a biodiversidade da Amazônia através do olhar de cientistas

Pesquisadores de Invertebrados

Sobre mim: 

Sempre tive o sonho de ser pesquisador, e a ciência sempre me fascinou, desde criança gostava de explorar novos lugares, andar no mato, tomar banho de rio, tudo graças, principalmente, ao fato de meu quintal ser a floresta amazônica. E mesmo com tantos desafios, busco seguir esse caminho, trilhar grandes aventuras e ter inúmeras descobertas.

Hoje estudo os Staphylinidae termitófilos, que são insetos pouco estudados no Brasil, com poucos pesquisadores trabalhando com esses indivíduos. E se tratando da Amazônia, eu sou o único que está desenvolvendo trabalho com esses indivíduos, e o futuro dessa pesquisa pode ser bem promissora.

O maior desafio de fazer pesquisa no Brasil é o financiamento, principalmente nos dias de hoje, onde nos encontramos em uma crise financeira. E se tratando de taxonomia, esse financiamento fica cada vez mais escasso, pois é pouco valorizado a importância da taxonomia.

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Sobre mim: 

O interesse pela biodiversidade sempre foi um ponto forte que norteou minha vida pessoal e profissional. Desde sempre desenvolvi grande interesse por cores, formas, comportamentos e estratégias de sobrevivência de vários animais. Quando estava no último ano da graduação e comecei a estudar os insetos, percebi que aquele era o grupo mais fascinante da Terra. 

Logo em seguida, iniciei um estágio no departamento de Entomologia do Museu Paraense Emílio Goeldi. Em meio a tantos grupos de insetos, tive a oportunidade de trabalhar com os percevejos (aqueles meio fedorentos que a gente conhece por aí). Neste momento tive ainda mais certeza que aquele era o grupo que eu gostaria de continuar estudando. Dessa forma, essa oportunidade oferecida pelo Greenpeace possibilitou ainda mais o desenvolvimento do meu projeto nesta área.

A vontade de melhorar o nível da ciência no país e acreditar que, através dela, nós poderemos construir uma nação melhor, mais consciente e mais desenvolvida.

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Sobre mim: 

Eu sempre digo que nasci pra ser bióloga. Acredito que toda criança nasce meio bióloga e a sociedade vai corrompendo com o tempo. No meu caso, eu sempre gostei de animais e sempre estive próxima a natureza. Quando comecei a estudar insetos durante meu estágio no Museu Goeldi, um mundo novo se abriu na minha frente.

Eu era uma estudante do segundo semestre de Biologia e já estava apaixonada pela primeira área (entomologia) que eu estudava. A priori, comecei a estudar todos os grupos de insetos. Na minha primeira bolsa de Iniciação Científica (IC), comecei a estudar barbeiros e logo nos primeiros meses percebi que ainda não era aquilo que fazia meus olhinhos brilharem no FULL HD hahaha. E então um belo dia eu acordei e decidi que queria estudar moscas. ABSOLUTAMENTE DO NADA. 

Meus orientadores, também moscólogos, me apoiaram e comecei a estudar moscas saprófagas e nunca mais parei. Meus pais até hoje me perguntam: “Mas moscas, minha filha? Não podia ser borboleta? macaco? passarinho? Tinha que ser mosca?” Sim… tinha que ser esses seres fantásticos. A biologia, a diversidade, a morfologia, tudo me atrai nesse grupo. Costumo dizer que as moscas fazem tudo o que os outros insetos fazem, só que fazem melhor!

Resolvi me especializar em um grupo de moscas chamado Sarcophagidae e meu objetivo é contribuir principalmente para o conhecimento taxonômico e  evolução dessas moscas, descrevendo novas espécies, analisando as relações de parentesco entre elas e também hábitos alimentares. 

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Twitter: @DeSouza_Caroll 

Sobre mim: 

No final da graduação comecei a trabalhar com insetos. Desenvolvi meu mestrado com taxonomia de um grupo de moscas e pude desmistificar, pelo menos para minha família e amigos, diversos preconceitos sobre esses insetos, como o de que moscas são sujas e prejudiciais. Para o doutorado, com o incentivo de meu orientador, o Dr. José Albertino Rafael, voltei meus olhos para os grupos de insetos que, de tão desconhecidos, nem mesmo possuem nomes populares no Brasil, quanto mais preconceitos ou mitos a respeito deles. Um desses grupos é o de pequenos insetos pertencentes à ordem Zoraptera, que é a menor ordem em número de espécies no Brasil e a terceira menor no mundo.

Mas esse baixo número de espécies para um país tão diverso quanto o nosso parece ser reflexo da falta de conhecimentos básicos desses insetos, como, por exemplo, em que regiões eles vivem, de que se alimentam e onde eles habitam. Encaramos o desafio de trabalhar com esses insetos no meu doutorado para responder algumas dessas lacunas e tem sido muito gratificante. 

Conseguimos realizar coletas de insetos em locais nunca antes explorados cientificamente, e, principalmente, em áreas ameaçadas pelo desmatamento e garimpo ilegal, que impactam negativamente a biodiversidade. Contamos com o auxílio de moradores locais nos trabalhos de campo e aprendemos bastante com eles, ao mesmo tempo em que também compartilhamos um pouco de nosso conhecimento. É muito recompensador ter o retorno de que esses moradores passaram a não somente identificar os zorápteros, mas também a falar sobre eles para outras pessoas, difundindo o conhecimento. Muitos se tornaram verdadeiros defensores da biodiversidade.

Ao final da minha pesquisa, espero que os zorápteros tenham sua taxonomia e filogenia melhor esclarecidas e, quem sabe, até ganhem um nome popular.

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Sobre mim: 

Eu faço pesquisa porque acho necessário, principalmente taxonomia. Estamos perdendo os biomas e junto com eles as espécies, então descrevê-las antes que desapareçam é o mínimo a se fazer.

Estudo a Milichiidae porque essa família de moscas é abundante na região amazônica e não há especialistas para descrever. Assim o que existe é um vácuo taxonômico sobre esse grupo.

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Sobre mim: 

Sempre fui curioso pela alta diversidade na região neotropical. Meus interesse de pesquisa estão encaminhados a entender os diferentes processos de origem e evolução da biodiversidade na região Neotropical: Como o levantamento dos Andes influenciou na diversificação das espécies, como os Rios Amazônicos criaram áreas de refúgio e foram barreiras geográficas para algumas espécies? O que aconteceu com as espécies durante as glaciações? Por que temos tanta diversidade nos pés dos Andes e começo da Amazônia? 

Para responder a questões desse tipo, utilizo aracnídeos como um modelo de estudo, partindo desde a taxonomia para começar a entender a diversidade real de algum grupo específico que possa me servir como um modelo para questões biogeográficas e filogenéticas.

Minha área de pesquisa, Sistemática e taxonomia, atualmente, é uma área em extinção. É uma ciência que não gera dinheiro, mas gera informação muito valiosa sobre nossa biodiversidade. O fato de não gerar dinheiro, faz com que dificilmente seja financiada. Mas a sistemática e a taxonomia são o ponto de partida de muitas áreas do conhecimento: não se pode conservar o que não conhecemos.

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Sobre mim: 

A minha motivação para pesquisar é a beleza do desconhecido, pelo fato de estarmos rodeados de seres incríveis e com uma ligação ecológica intimamente conectada a todos nós. Me fascina descobrir novos organismos que são dados como despercebidos.

Devido ao meu interesse pela biodiversidade da área que faz parte da Amazônia legal dentro do estado do Maranhão, decidi focar minha pesquisa nesta região, que  não possui estudos para o tipo de pesquisa que venho realizando. Antes mesmo de concluir o primeiro ano de pesquisa, já tenho novos registros de parasitas de peixes ósseos que são de interesse para o consumo humano.

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Sobre mim: 

O que me motiva a continuar fazendo pesquisa no Brasil é a diversidade presente no nosso país em todos os seus aspectos, seja em relação à riqueza de espécies como pela diversidade sociocultural. Quando entramos em contato com essa diversidade entendemos a importância de estudar e defender a conservação da natureza e dos recursos naturais, sempre se baseando em uma relação de respeito ao próximo. E sem dúvida, um dos principais caminhos para isso é a ciência e a pesquisa.

A minha motivação inicial para estudar as formigas do gênero Megalomyrmex foi porque enquanto identificava espécies de formigas para os meus projetos e projetos de outros colegas, eu encontrava representantes deste grupo, mas em alguns casos eu não conseguia saber de qual espécie se tratava. Geralmente isso pode ser um indicativo de que se trata de uma espécie nova ou que a espécie pode apresentar alguma variação na sua forma corporal que ainda não foi reportada na literatura. Foi então que eu percebi que esse grupo precisava de mais atenção. 

Ao me aprofundar um pouco mais, percebi que as principais lacunas de conhecimento estavam na Amazônia, e que o estudo do material coletado neste bioma poderia revelar novas espécies e novas informações sobre o comportamento e o papel dessas espécies no ambiente. Dentro desse grupo também existe uma variedade enorme de formas, tamanhos e comportamentos, o que deixa a pesquisa ainda mais estimulante! Para se ter uma ideia, Megalomyrmex atualmente conta com 45 espécies conhecidas, essas espécies podem ser subterrâneas, viverem na camada superficial do solo ou em arbustos. Apesar dessa diversidade enorme de comportamentos, tudo que sabemos está restrito para poucas espécies. Infelizmente algumas espécies deste grupo estão ameaçadas de extinção, sendo que essas espécies ainda são pouco compreendidas. Ou seja, elas correm o risco de desaparecerem antes mesmo de entendermos aspectos sobre sua morfologia, comportamento e distribuição. 

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Sobre mim: 

Desde pequeno eu me interesso por diversos tipos de bichos, com o passar do tempo foi natural começar a me aprofundar nos estudos acerca deles. Então como biologia era a disciplina que eu mais me saia bem, fui orientado por meus professores a tentar como uma das minhas opções no vestibular, e digo a vocês, ainda bem que eu não fui aprovado em Ciência da Computação. Pois me encontrei nessa área e desde 2013 venho trabalhando em projetos de pesquisa no Museu Goeldi, primeiro trabalhei com aves até 2014 e depois a entomologia me conquistou.

Então de 2015 até agora eu trabalho com insetos na área de taxonomia. Minha pesquisa é sobre mosquinhas ectoparasitas especialistas em morcegos. São criaturas fantásticas que exemplificam bem a adaptação natural e em alguns casos coevolução. Na minha tese de Doutorado eu pretendo estudar um gênero e descrever as espécies novas que ainda são desconhecidas para a ciência, além disso produzir um banco de dados online onde será indexado informações sobre a biogeografia e também ilustrações e fotos que ajudem na identificação dessas moscas. 

Infelizmente o nosso maior desafio é a desvalorização do governo, pois temos uma diversidade fantástica, porém ainda desconhecida, e sem investimentos poderemos perder uma boa parte dessa diversidade de espécies antes mesmo de conhecê-las. 

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Sobre mim: 

Escolhi trabalhar com esse tema porque durante minha graduação eu trabalhei com experimentos de laboratório voltados para fragmentação foliar (essa fragmentação é uma fase do processo de decomposição de matéria orgânica em ambientes aquáticos). A partir daí eu conheci o papel que algumas espécies da ordem Trichoptera têm na decomposição, além de que outras espécies possuem diferentes papéis super importantes também nesses ambientes. 

Tenho um encanto por Lepidoptera (ordem das borboletas e mariposas) e Trichoptera é um grupo irmão, que evolutivamente falando possuem um ancestral em comum, estando ambas as ordens incluídas no clado Amphiesmenoptera, e por conta disso são bastante parecidos, podendo até serem confundidos. Tendo esse conhecimento eu também quis trabalhar com algo relacionado a isso na minha dissertação. 

Por fazer parte da UFPA, foquei sobre a falta do conhecimento que existe sobre a fauna de Trichoptera para o estado, onde a princípio eu iria trabalhar com larvas, mas vi que trabalhar com adultos era melhor pois conseguiríamos chegar no nível taxonômico de espécies para que a pesquisa ficasse mais robusta. Assim fizemos coleta, as espécies foram identificadas e descobrimos espécies novas. Fiquei extremamente feliz com isso, pois é um resultado muito importante para a ciência e que pretendemos publicar em breve. No momento eu já defendi minha dissertação, fui aprovada e estou fazendo as últimas correções para entregar a versão final ao Programa de Pós-graduação em Biodiversidade e Conservação.

Pra mim o maior desafio é a falta de incentivo que nós cientistas temos para realizar nossas pesquisas. Já vi colegas desistindo pela falta de bolsas e vejo muito potencial sendo desperdiçado por isso. A ciência no Brasil é muito desvalorizada e isso se torna um grande desafio. O que me motiva é saber que nós temos muito ainda pra descobrir sobre a biodiversidade e entender como ela interage com o meio

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Sobre mim: 

Escolhi este foco para meu estudo pois sou fascinada pelo mundo das aranhas e gosto de pesquisar sobre elas. Como são pouco estudadas, acho extremamente necessário aprofundar as pesquisas sobre o grupo. O que me motiva é a perseverança e esperança de que conseguiremos levar a ciência para a sociedade.

A falta de incentivos para as pesquisas, atualmente, gera grande insegurança aos pesquisadores, que precisam trabalhar com a constante dúvida de se terá ou não a bolsa no mês seguinte. Isso deixa muitos pesquisadores frustrados, porém vamos resistir e continuar pesquisando. 

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Sobre mim: 

Há quase seis anos fundei o Projeto Mantis, uma organização independente para pesquisar os louva-a-deus do Brasil. Na época, eu era graduando em Ciências Biológicas, fascinado com as descobertas que a universidade me proporcionava. Apesar de ter ingressado com a intenção de estudar aves, fui cativado pelo universo dos insetos, seres que eu não fazia ideia serem tão diversos e interessantes. Até tinha medo. Depois de encontrar um louva-a-deus (e fotografar de longe, o medo continuava!) levei-o à universidade e o professor da disciplina de insetos, Elidiomar, me falou que eram inofensivos e pouco estudados no Brasil. Isso me instigou a fundar o Projeto Mantis e começar a pesquisa-los. 

Desde o início trouxe minha bagagem com fotografia e poesia, os conhecimentos que adquiri na graduação anterior (Administração de Empresas) e a vontade de realizar um trabalho envolvente e completo, que contribuísse com a ciência e chegasse a diferentes públicos. O Projeto Mantis cresceu, realizamos expedições pelo Brasil e também internacionais, e consegui seguir ao longo desse tempo desvendando o universo dos louva-a-deus em suas florestas magníficas. 

A escolha do tema do mestrado não poderia ser outra. Após a experiência de uma expedição à Amazônia peruana, precisava conhecer a fundo (ao menos uma parte) da Amazônia brasileira, que eu só havia visitado rapidamente. Como há pouquíssimos estudos com louva-a-deus e são insetos super complexos e diversos, camuflados e difíceis de encontrar, basta visitar uma localidade nova para descobrir muito. A princípio a pesquisa faria diversas viagens a localidades nunca estudadas em relação a esses insetos, mas a pandemia nos obrigou a mudar os planos, focando em uma única localidade por mais tempo. 

O estudo dos louva-a-deus nos permite mostrar quão rica e fascinante é a diversidade brasileira. Também é uma bandeira de conservação para os insetos no geral, geralmente muito maltratados. Combinando ciência e arte, fotografia e poesia, expedições imersivas e muita curiosidade, conseguimos conquistar as pessoas e mergulhá-las em nosso universo de descobertas. 

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