Conheça a biodiversidade da Amazônia através do olhar de cientistas

Pesquisadores de Botânica

Sobre mim: 

Trabalho com taxonomia da família Cyperaceae desde a graduação. Entretanto, esta é uma família pouco estudada, principalmente na Amazônia. Cyperaceae são plantas herbáceas, que possuem importância econômica e ecológica, além de compor fitofisionomias de campo aberto, como campinas e campinaranas, dentre outras. No mestrado, estudei a família nos campos rupestres da Serra dos Carajás (cangas de Carajás) e foi um verdadeiro presente para minha vida acadêmica, pois descobri 6 novas espécies (4 já publicadas e 2 em processo de publicação). E no doutorado, não podia ser diferente, continuei me aprofundando nos estudos com a família.

A principal motivação é a minha paixão pela ciência, pelas minhas pesquisas e saber que a cada artigo publicado, com foco na conservação para uma Área de Proteção (AP’s), estou ajudando na preservação e lutando, com as minhas armas, contra o desmatamento e queimadas desenfreados que assolam nosso país. Isso aconteceu com o Projeto Carajás, que participei ativamente com várias publicações, o que contribuiu para a criação, em 2017, do Parque Nacional dos Campos Ferruginosos. Mais uma Área de Proteção para uma região tão ameaçada que é a Serra dos Carajás.

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Sobre mim: 

Estudar a flora em um dos países mais biodiversos do planeta já é por si só motivador, é muito instigante conhecer o quanto as plantas são adaptadas, a função de suas características e interação com outras espécies. No presente período em que a ciência já nos possibilitou entender que destruir ambientes naturais gera impactos indiretos e diretos na qualidade de vida da própria humanidade e que continuar desmatando poderá nos trazer consequências irreversíveis, é urgente investigar a diversidade das plantas e sua importância em determinados ecossistemas.  É da natureza da espécie humana criar hipóteses e investigar, muito já foi conquistado através da pesquisa e fazer ciência em um país com muita pobreza e desigualdades contribui para desenvolver melhores condições de vida. 

Eu trabalho com sistemática vegetal desde 2008, me interesso pelas plantas, pois elas nos oferecem qualidade no ar, clima, água, alimentação, medicamentos e bem-estar. Desta forma conhecer e entender as relações evolutivas da flora possibilita descobertas futuras de novas utilidades, proporciona a sua valorização e consequentemente sua conservação, tão necessária em uma época em que a perda da biodiversidade ameaça constantemente o planeta.

Dentro da sistemática vegetal e biogeografia eu escolhi trabalhar no doutorado com um gênero de trepadeiras lenhosas chamado Maripa (Convolvulaceae, família da batata-doce), com distribuição quase restrita na Amazônia, pois apresentam padrões de distribuição interessantes e lindas flores de potencial ornamental, porém muito pouco estudadas e amostradas. Plantas trepadeiras apresentam grande diversidade nas florestas tropicais, no entanto é um dos grupos menos conhecidos, sendo que as trepadeiras lenhosas ainda são difíceis de serem amostras por muitas vezes atingirem grandes alturas no interior das florestas. Além disso, eu objetivei contribuir com a ciência na Amazônia que é um ecossistema muito importante para a manutenção do clima global, onde as pesquisas sobre a biodiversidade ainda são escassas diante de tamanha extensão e riquezas naturais e culturais. 

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Sobre mim: 

O açaí é uma planta muito distribuída na Amazônia e possui uma importância econômica e cultural na região, o que torna a espécie um excelente substrato para a pesquisa de fungos conidiais, os quais ainda se tem poucos trabalhos realizados na Amazônia. A principal razão para a pesquisa é incrementar o conhecimento acerca dos fungos conidiais amazônicos.

Busco trazer mais atenção para a pesquisa brasileira e com isso, mais incentivo do governo. Além de mostrar para outros países que mesmo com a falta de estímulo, a nossa ciência não para e é feita com muita qualidade, apesar de tudo.

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Sobre mim: 

Há onze anos cheguei na Amazônia para fazer meu mestrado. Não tinha noção da dimensão desse bioma e nem das diversas possibilidades de pesquisa na qual poderia desenvolver meu projeto. Por sorte acabei me encaminhando para o laboratório de ecologia vegetal coordenado pela Dra. Flávia Costa. Na época tive a oportunidade de trabalhar em uma área inóspita da floresta Amazônica pouco conhecida, o Interflúvio Purus-Madeira, onde realizei um levantamento florístico de árvores em 22 hectares.Durante todo o processo de coleta e identificação das amostras botânica contei com a ajuda de auxiliares de campo que me ensinaram muito sobre a diversidade dessa floresta. 

Dentre as espécies de árvores que mais me fascinaram naquele momento foram as da família Lecythidaceae, família da castanha do Brasil, que sempre se mostrava imponente nas matas e muitas vezes resistentes ao desmatamento e seguindo firme em meio a pastos e queimadas. Enquanto identificava o material botânico coletado algumas dúvidas começaram a surgir em relação a delimitação de espécies, como algumas espécies eram tão parecidas e também surgiu a curiosidade de saber quais caminhos levaram a Amazônia a ter a maior biodiversidade do planeta. 

A partir de então fiquei intrigada e comecei a estudar mais sobre a espécie e descobri que as florestas tropicais possuem complexos de espécies escondidas dentro de uma única nomenclatura de espécie, ou seja, temos muita diversidade ainda escondida nesses complexos. Então decidi entrar no doutorado para tentar desvendar essa espécie que é a mais abundante em toda bacia Amazônica e me apaixonei mais ainda pela família Lecythidaceae.       

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Sobre mim: 

Decidi seguir este foco em minha pesquisa, porque os fungos liquenizados apresentam diversas áreas de análise: são indicadores ambientais, indicadores da qualidade do ar, produzem substâncias com atividade biológica para as mais diferentes áreas, são cosmopolitas, são pioneiros nos processos de sucessão ecológica, entre outros.

Alguns dos maiores desafios para fazer ciência hoje são a falta de apoio financeiro e o atual “negacionismo” científico. Mas tudo o que já foi construído e conquistado a partir da Ciência me motiva a continuar pesquisando.  

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Sobre mim: 

Sou apaixonada por botânica desde o ensino médio, onde em uma escola pública do estado de Rondônia, uma professora de biologia me inspirou com a proposta e realização de uma feira de plantas medicinais. A partir desse momento o meu encantamento pelas plantas começou, aos poucos fui buscando conhecimento e me encantei pelo fato de saber que o Brasil é o país mais diverso do mundo, com muitas espécies de plantas em seus ricos biomas. Portanto, essa é minha maior motivação: morar em um País que abriga o maior número de plantas e pensar que talvez em um dia, eu possa motivar um aluno na mesma rede pública, onde o acesso a tecnologias ainda é escasso, a querer ser pesquisador, da mesma forma que eu fui motivada.

A Amazônia Maranhense é uma área que sofre constantemente com a perda de seus habitats naturais. São parcos os estudos com as espécies vegetais nesta área, e os desafios encontrados na conservação dessa área que abriga cerca de 26% da biodiversidade da Amazônia são inúmeros. Por toda essa relevância, decidi realizar estudos florísticos e taxonômicos nesta região. Outra grande motivação é o fato que trabalhos deste cunho podem subsidiar ações de conservação, manejo e recuperação desses locais. 

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