Anúncio foi feito durante reunião da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos, na Jamaica

A mineração em águas profundas pode causar danos irreversíveis para organismos do fundo do mar, incluindo a destruição de seus habitats. © Solvin Zankl / Greenpeace

Uma boa notícia para os Oceanos: o governo brasileiro anunciou, na última sexta-feira (14), durante a reunião da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (ISA, da sigla em inglês), na Jamaica, o apoio a uma pausa preventiva de no mínimo 10 anos para a mineração em águas profundas.

Com o posicionamento, o país se une a 18 países, como Canadá, Nova Zelândia, Suíça, Alemanha e Chile, e demonstra liderança pela conservação dos oceanos.

Para Enrico Marone, porta-voz de Oceanos do Greenpeace Brasil, ao se posicionar contra a mineração em águas profundas, o Brasil se junta à crescente onda de nações que se opõem à mineração em alto mar.

“Se os governos levam a sério seus comprometimentos ambientais, eles têm que dizer não à mineração em águas profundas. Ou eles permitem que uma indústria extrativa completamente nova se inicie no meio de uma crise ecológica, ou concordam com uma moratória para proteger as maravilhas ainda desconhecidas do fundo do mar”.

As possíveis consequências da mineração no oceano são graves. O processo pode causar danos irreparáveis para organismos do fundo do mar, incluindo a destruição de seus habitats, e a poluição sonora e luminosa gerada pela mineração pode afetar as criaturas marinhas e a imensa biodiversidade do oceano.

Além disso, esta indústria também pode colocar em risco os meios de subsistência das comunidades costeiras e pesqueiras das ilhas do Pacífico, onde estão sendo realizados testes de exploração, comprometendo a segurança alimentar dessas populações ao afetar os estoques pesqueiros.

A reunião da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos está ocorrendo em Kingston, na Jamaica, até o dia 28 de julho. Líderes mundiais têm a oportunidade de se antecipar a uma nova indústria destrutiva e interromper a mineração em águas profundas antes que ela comece.

O Greenpeace apoia uma moratória global e acredita que este é o primeiro passo para assegurar a conservação e a preservação das funções ambientais do oceano profundo. O mar profundo deve permanecer fora dos limites da indústria de mineração, o que significa que a extração de metais e minérios não deve ser autorizada em qualquer circunstância.

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