Plataforma da Shell, Kulluk, encalhou na costa do Alasca em janeiro deste ano. (©Greenpeace /Tim Aubry)

A Shell deu o braço a torcer. Após uma série de reveses técnicos com a logística de suas plataformas, e de uma boa dose de pressão pública após a campanha do Greenpeace para tornar o Ártico um santuário internacional, a gigante anglo-holandesa entendeu que não está preparada para perfurar e explorar petróleo no extremo norte do planeta. Pelo menos por enquanto.

A petroleira anunciou ontem que vai suspender seu programa de perfuração de 2013 para “preparar equipamentos e planos e retomar as atividades em estágio posterior”. Segundo um diretor da Shell, a petroleira fez “progressos no Alasca, mas se trata de um programa de longo prazo, o qual estão perseguindo de modo seguro”.

Seguro? Como no Golfo do México? Pois é, a Shell não quer enxergar que não existe exploração segura de petróleo, sobretudo em uma região com condições climáticas extremas. Qualquer vazamento pode ter impactos irreversíveis. Esta decisão é um alívio temporário para o frágil ecossistema do Ártico, mas não representa uma vitória para o planeta. Nada impede que no verão de 2014, o programa de perfuração seja retomado.

Por isso que a pressão pública precisa continuar. O Ártico deve se tornar um santuário internacional, livre da exploração de petróleo e da pesca industrial predatória. Mais de 2,7 milhões de pessoas assinaram a petição.

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