No Dia Mundial Sem Carro, ocupamos as vagas de estacionamento para mostrar como este espaço público pode ser melhor aproveitado para convivência entre as pessoas
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Carros deram lugar às pessoas: espaço de convívio e lazer. (Foto: Bárbara Veiga/Greenpeace)
Cada vaga de estacionamento na rua ocupa, em média, 30m2. Agora multiplique esta área por milhares por toda a cidade. Haja espaço público destinado aos carros em comparação ao que é voltado à convivência das pessoas. Por isso, neste Dia Mundial Sem Carro nossos voluntários fizeram diversas Vagas Vivas pelo país. Confira as imagens do que rolou.
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Público faz “Saudação ao Sol”, em aula de ioga, como aquecimento. (Foto: Greenpeace)
As Vagas Vivas são a ocupação temporária dos espaços públicos destinados aos carros, transformado-os em áreas de convivência, lazer e trabalho. O objetivo é refletir sobre como todo esse espaços destinado aos carros poderia ser melhor aproveitado pelas pessoas.
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No espaço foram colocadas placas com dados sobre a predominância do automóvel no espaço público (Foto: Bárbara Veiga/Greenpeace)
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Videos e documentários foram exibidos em um mini cinema em plena rua. (Foto: Bárbara Veiga/Greenpeace)
Ao longo do dia, entre as tarefas de quem usou a Vaga Viva para trabalhar, foram promovidas atividades artísticas e sociais, como a pintura ao vivo (live painting) do muralista Guilherme Kramer; a apresentação do músico João Sobral; e a reforma de carroças pelo Pimp My Carroça.
“O espaço viário é visto apenas como passagem para o transporte de cargas e pessoas. Trouxemos artistas e atores sociais que atuam nas ruas para mostrar como esse espaço público tão importante, e tão grande, que é privatizado pelos donos de carros, pode ser valorizado quando utilizado pelas pessoas para a convivência social”, diz o especialista em Mobilidade Urbana do Greenpeace, Davi Martins.
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O muralista e grafiteiro Guilherme Kramer em ação. (Foto: Bárbara Veiga/Greenpeace)
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Obra quase concluída: as ruas como inspiração para a arte. (Foto: Bárbara Veiga/Greenpeace)
A dominação dos carros
Entre 1970 e meados da década de 2000, o número de veículos variou 400%. No mesmo período, a infraestrutura viária (ruas, avenidas, viadutos etc) aumentou 21%. Já entre 2000 e 2015, com o incentivo dado pelo governo às montadoras, quantidade de carros aumentou 145%.
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Quem passou pelo local registrou o que viu. (Foto: Bárbara Veiga/Greenpeace)
Em São Paulo, os carros correspondem a 70% da frota de 8,3 milhões de veículos motorizados. A frota de carros paulistana tem crescido, ano a ano, numa proporção duas vezes maior do que a de novos habitantes. Não à toa, o tempo médio de deslocamentos diários no trânsito é de 3 horas e 8 em cada 10 pessoas deixariam de usar o carro se houvesse uma boa alternativa de transporte público, segundo recente pesquisa da Rede Nossa São Paulo.
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O artista Mundano, criador do movimento Pimp my Carroça, dá uma nova cara para a carroça do catador Duacir Silva. (Foto: Bárbara Veiga/Greenpeace)
Ao mesmo tempo, praças, alamedas, parques e rios foram sendo apertados para acomodar tantos carros, em detrimento do convívio público entre as pessoas. Por isso, reduzir espaços para os carros torna a cidade melhor para se viver. É o que muitas cidades pelo mundo tem feito, ao abrir suas ruas e avenidas para as pessoas.
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Davi Martins, do Greenpeace, e o catador Duacir Silva dão a mensagem: “o carro é seu, a rua é de todos”. (Foto: Bárbara Veiga)
Cidades caminháveis e pedaláveis estimulam o encontro entre as pessoas, e dessas interações surgem várias oportunidades comerciais, sociais e culturais, aceitação das diferenças, sem falar nos benefícios que a atividade física proporciona.
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