O Greenpeace Brasil esteve em uma das maiores conferências de petróleo e gás do mundo e interrompeu fala do secretário-geral da Opep, Haithmam Al-Ghais, para reforçar que não toleraremos mais explorações que comprometem nosso futuro

Seis ativistas estão com cartazes  em frente a uma das maiores conferências de petróleo e gás do mundo, sediada no Rio de Janeiro, contra a exploração de petróleo no Brasil. O primeiro cartaz tem os dizeres: Eles lucram, nós pagamos a conta, seguido de cartazes com imagens da devastação que a crise climática está causando em nosso país, e o último cartaz com os dizeres: petroleiras, essa conta também é sua.
Manifestação pacífica durante a convenção Rio Oil and Gas (ROG-e), no Rio de Janeiro (RJ), para alertar sobre os impactos da crise climática na natureza e na vida das pessoas. (Foto: Lucas Landau/ Greenpeace)

Entre os dias 23 e 26 de setembro, aconteceu o congresso Rio Oil & Gas — e, embora não estivéssemos na lista de convidados, fizemos questão de aparecer para levar um recado claro e urgente: EXIGIMOS FONTES DE ENERGIAS MAIS SUSTENTÁVEIS E JUSTAS!

Foi no coração do Rio de Janeiro que nos reunimos para expor como as empresas de petróleo e gás continuam financiando a crise hídrica e ambiental que ameaça o Brasil. E nossa presença por lá fez barulho e trouxe muita “energia” ao debate!

As petroleiras estão na linha de frente da crise climática, impulsionando a degradação ambiental e o aumento de eventos extremos que atingem milhões de brasileiros. Enquanto o país enfrenta estiagens prolongadas, temperaturas cada vez mais altas e enchentes devastadoras, as empresas presentes no evento seguem lucrando desenfreadamente — acumulando, segundo estimativas, mais de 2,8 bilhões de dólares POR DIA nos últimos 50 anos.

Três ativistas protestam com cartazes em frente a uma das maiores conferências de petróleo e gás do mundo, sediada no Rio de Janeiro, contra a exploração de petróleo no Brasil. O primeiro cartaz tem os dizeres: Reunião do fim do mundo, o segundo: "Who pays? - Quem paga, em português, e o terceiro uma imagem das queimadas que vem desvastando o país.
Ativistas protestam em frente ao evento Rio Oil and Gas (ROG-e) contra o fim da exploração de petróleo.

Durante o evento, realizamos uma intervenção durante um dos painéis da ROG-e para levantar o questionamento: Quem paga a conta do caos climático que vivemos? Exigimos energias mais limpas que não sejam manchadas pela devastação de nossas comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas. Em um momento em que o país enfrenta múltiplas crises, que afetam a biodiversidade, o acesso a alimentos e a saúde da população, chega a ser um insulto sediarmos um evento que visa a ampliação da exploração de combustíveis fósseis e o aumento do lucro para os grandes responsáveis pela crise climática. 

Estamos em um momento decisivo!

A transição para um futuro mais sustentável não pode esperar. As gigantes do petróleo precisam ser responsabilizadas por décadas de devastação. É hora dos governos imporem medidas concretas para forçar essas corporações a pararem de perfurar e começarem a arcar com os custos dos impactos que causaram.

Defendemos um Brasil que invista em um futuro de energias limpas e justas. O potencial do nosso país é enorme, mas precisamos de um plano ambicioso de transição energética. E esse caminho deve começar agora, impedindo qualquer avanço da exploração de petróleo em áreas ecologicamente sensíveis, como a Bacia da Foz do Amazonas, onde os riscos ambientais superam os possíveis ganhos.

Afinal, ninguém ganha com o avanço da produção de combustíveis fósseis!

A sociedade está se despertando para os danos causados por essas empresas, e a cobrança por justiça climática só vai crescer. 

Apoie essa causa e seja parte dessa transformação! 

Sem a ajuda de pessoas como você, nosso trabalho não seria possível. O Greenpeace Brasil é uma organização independente - não aceitamos recursos de empresas, governos ou partidos políticos. Por favor, faça uma doação hoje mesmo e nos ajude a ampliar nosso trabalho de pesquisa, monitoramento e denúncia de crimes ambientais. Clique abaixo e faça a diferença!