O petróleo é um dos culpados da crise climática que intensificou os eventos extremos no Sul do Brasil


O Greenpeace Brasil está realizando uma campanha de arrecadação emergencial para ajudar a população do Rio Grande do Sul, que enfrenta a maior tragédia climática de sua história. Nos somamos à rede de solidariedade e estamos apoiando cozinhas solidárias em áreas afetadas, assim como realizando a doação de alimentos e itens essenciais para comunidades indígenas e outras vítimas das fortes chuvas em áreas isoladas.
Entre os nossos parceiros estão o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (Arpinsul).  © Tuane Fernandes/Greenpeace

A catástrofe climática no Rio Grande do Sul deixa um recado, em alto e bom tom, de como é urgente deixar o petróleo no passado. O combustível é um dos culpados por este cenário e pela destruição de muitos outros lugares do mundo que sofrem com os eventos extremos

Em 2021, o IPCC, Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, que reúne o conhecimento científico mundial sobre clima, já trouxe esse alerta: ações humanas, como a queima de combustíveis fósseis – petróleo, carvão e gás natural – estão entre as maiores causas da crise climática. 

Voltando um pouco mais no tempo, em 2015, o projeto “Brasil 2040: cenários e alternativas de adaptação à mudança do clima”, apresentava o aumento das chuvas no Sul como resultado das consequências da crise climática no cenário nacional, mas foi engavetado pelo governo federal.

E hoje, o governo brasileiro insiste no absurdo de apoiar a abertura de novos poços de exploração em áreas sensíveis como a Bacia da Foz do Amazonas. A expansão da exploração petrolífera na região irá liberar bombas de carbono para a atmosfera a médio e longo prazo, além de colocar em risco ecossistemas extremamente sensíveis 

O protagonismo climático do Brasil está ameaçado diante dessa enorme contradição. Lula e Petrobras poderiam mudar a nossa história deixando o petróleo onde ele deveria ficar: no chão. O planeta (e a vida como a conhecemos hoje) está em risco! Precisamos que o governo priorize a transição energética justa no Brasil e a adaptação das cidades para a atual realidade do clima. 

As escolhas do passado colocaram a população em risco e evidenciaram um abandono que, infelizmente, recai principalmente sobre as pessoas mais vulnerabilizadas – que têm muito menos ferramentas para reagir e reconstruir suas vidas após as tragédias. 

Precisamos continuar mobilizados fortalecendo a solidariedade e pressionando os governantes por ações de enfrentamento à crise climática. 

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