Foram mais de 800 mil assinaturas de pessoas que pedem uma grande área de proteção para baleias e golfinhos nas águas de todo o Atlântico Sul

 

Em pouco menos de três meses, cerca de 830 mil pessoas de várias partes do mundo assinaram a petição que pede a criação do Santuário de Baleias do Atlântico Sul, coordenada pelo Greenpeace com o apoio de diversas organizações.

Nesta quinta-feira (20/10), foi o momento de fazer valer essa força coletiva: elas foram entregues ao ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho. Como chefe de delegação brasileira, ele se comprometeu a levá-las à reunião da Comissão Internacional da Baleia, na Eslovênia.

“As baleias precisam mais do que respeito e liberdade, precisam de um meio ambiente equilibrado. A defesa das beleias é a defesa dos oceanos, tão degradados em uma dimensão que nem sabemos”, afirmou o ministro, ao receber as assinaturas de uma ativista do Greenpeace.

Ativista entrega as assinaturas ao ministro Sarney Filho.

Nós também estaremos presentes na reunião da Comissão Internacional da Baleia (CIB) para acompanhar todas as discussões. “O Santuário vem sendo adiado desde 1998, mas sua criação  acontecerá de qualquer forma. A vitória de quem busca postergar isso é passageira, a nossa, será definitiva”, afirma o coordenador de políticas públicas do Greenpeace, Marcio Astrini.

Outra questão importantíssima desta reunião é evitar a derrubada da proibição internacional à caça da baleia que vigora desde 1986. Ela está sendo cogitada por alguns países justamente porque algumas populações de baleias começaram a se recuperar – o que torna a proposta do Santuário tão importante.

Astrini: “nossa vitória será definitiva”.

“Congestionamento de baleias”

O documentário “Baleias à Óleo” foi exibido

A ação de entregas das assinaturas ocorreu no Museu do Meio Ambiente, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Um pouco antes, promovemos um cine-debate, com a exibição do documentário “Baleias à Óleo”, de Lísia Palombini, que conta como esses animais eram caçados na Baía de Guanabara, durante o período colonial, para iluminar com sua gordura as ruas da cidade. Nessa época, não tão distante assim, a costa fluminense sofria de um “congestionamento de baleias”.

Para a bióloga da SOS Mata Atlântica, Leandra Gonçalves, o Brasil já é uma liderança em pesquisas de uso não-letal e conservação desses animais. “Com esse apoio da sociedade civil, as ações se fortalecem ainda mais para criar um santuário no Atlântico Sul. Esperamos que o Ministro Sarney filho retorne da Eslovénia com boas novas”, afirma. Nós também!

Para saber mais sobre esta campanha global, acesse www.santuariodasbaleias.org.br

Sem a ajuda de pessoas como você, nosso trabalho não seria possível. O Greenpeace Brasil é uma organização independente - não aceitamos recursos de empresas, governos ou partidos políticos. Por favor, faça uma doação hoje mesmo e nos ajude a ampliar nosso trabalho de pesquisa, monitoramento e denúncia de crimes ambientais. Clique abaixo e faça a diferença!