Campanha defende aprovação do PL 2524/2022, que regulamenta a Economia Circular do Plástico

Integrantes dos mais variados segmentos da sociedade participaram do lançamento da campanha Pare o Tsunami de Plástico. Na imagem, Maya Gabeira; Gustau Mañez; Ronei Alves; Daniel da Veiga Oliveira; Laila Zaid; Ana Toni; e a senadora Zenaide Maia, relatora do Projeto de Lei 2524 (Foto: Oceana/Hugo Lira)

Mais de 60 organizações da sociedade civil, incluindo o Greenpeace Brasil, lançaram a campanha “Pare o Tsunami de Plástico” na semana passada. A iniciativa, organizada pela Oceana, tem como objetivo pressionar o Senado para a aprovação do Projeto de Lei 2524/2022, que regulamenta a Economia Circular do Plástico.

A proposta apresenta um novo modelo de produção e uso que irá reduzir a quantidade de plástico descartável colocado no mercado, mantendo os itens em circulação por meio do reuso e da reciclagem. 

A ideia central é que todo material produzido seja reciclável, reutilizável ou compostável, fazendo com que o plástico volte ao sistema de uso e não seja descartado. Impedindo, assim, que mais poluição plástica chegue aos oceanos.

Os dados mostram a gravidade do problema: A poluição por plásticos é a segunda maior ameaça ambiental ao planeta, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Somente o Brasil despeja 325 milhões de quilos do material por ano no oceano, sendo o maior produtor de plásticos da América Latina.

A poluição plástica é também uma questão de saúde pública. Microplásticos já foram encontrados em diversos órgãos, no leite materno e, recentemente, médicos chineses encontraram microplásticos no coração humano pela primeira vez. A descoberta foi publicada na revista científica Environmental Science & Technology.

Segundo Lara Iwanicki, gerente de advocacy e estratégia da Oceana, a aprovação do PL 2524/2022 reposicionaria o Brasil no bloco de países que trata a crise do plástico como prioridade e possui legislações que vão no cerne do problema: a redução da produção de itens plásticos de uso único.

Canudos, sacolas, talheres e copos, por exemplo, são alguns plásticos usados massivamente pela população e para os quais já existem soluções mais sustentáveis. 

“A aprovação desse PL recoloca o Brasil no papel de protagonista na defesa das causas ambientais no mundo e abre espaço para uma economia mais moderna e sustentável”, ressalta Iwanicki.   

De acordo com a porta-voz da Oceana, o escopo do PL 2524/2022 está alinhado com a legislação internacional e com o que está sendo previsto para a construção do Tratado Global contra a Poluição de Plásticos

Apoio público

A campanha “Pare a Tsunami de Plástico” conta com o apoio de ativistas e personalidades como Maya Gabeira, recordista mundial de surfe, Aline Souza, liderança do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), Heloísa Schurmann, velejadora e uma das líderes da Voz dos Oceanos, Laila Zaid, atriz e ativista, entre outros.

Autoridades como Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, e Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, também já anunciaram apoio ao PL e se comprometeram com o avanço da matéria no Congresso. Faça parte da mobilização!

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