“A destruição externa é reflexo de um processo interno.”

Oi, eu sou o Edgard, paulistano, formado em eletrônica e comércio exterior. Depois de estudar e trabalhar nas áreas de exatas e humanas, decidi atuar com bem-estar. Isso mesmo! Promovo atividades de desenvolvimento humano integral, um processo de reordenação para ajudar cada pessoa a viver intensamente cada instante. Resumindo: ajudo pessoas a fazerem uma releitura do cotidiano para que sejam equilibradas e felizes.

Resolvi escrever para vocês porque quando vejo a extinção de um animal, uma planta ou um bioma, é como se apagassem algo importante que poderia servir para o autoconhecimento do ser humano. Se fosse comparar a um livro, seria como perder um capítulo importante, tornando a história incompleta.

Penso que somente reordenando o homem, reordenamos o ambiente. Vemos cientistas preocupados com a preservação tentando salvar plantas que podem trazer a cura do câncer, preservando espécies que podem levar a cura de outras doenças ou realizando descobertas importantes para nossa saúde.

Filosoficamente, estamos falando de um estilo de vida em que vivemos a integralidade: somos um elo com a natureza e com o todo. A proposta é o equilíbrio interior refletindo no exterior. Porém, o risco é o efeito dominó que acontece negativamente na ausência deste. Desequilibrado, o ecossistema sofre o impacto da destruição.

Essa destruição do meio-ambiente é um reflexo da destruição interna do homem, uma projeção do seu interior. Quando um homem está destruindo fora é porque algum processo de destruição está acontecendo dentro dele. Historicamente, são mais de 300 anos de fracassos, olhando somente de fora para dentro. Como é isso? Ideologias falaram de como devemos ser fora, para depois se preocupar em como ser dentro. Hoje o conhecimento científico tem um caráter de posse técnica e não contribui para o desenvolvimento de virtudes.

Em outras culturas, como a oriental, por exemplo, monges fundaram escolas para treinar os discípulos em olhar para dentro de si, a encontrar e desenvolver suas virtudes internamente. Somente depois desse processo amadurecido, passavam a olhar para o exterior com outros olhos e, assim, a transformação e a ordenação aconteciam de dentro para fora e de forma integral. Posso não ter trazido respostas, mas fico na expectativa de ter causado reflexões…

Edgard, realizando um trabalho de jardinagem para externar o que se faz por dentro.

Eu conheci o Greenpeace pela TV, vendo as intervenções na televisão. Não esqueço das ações que faziam para proteger as baleias.

Certa vez fui abordado perto do metrô. Vi um pessoal interessante, animado, que falava com muita convicção. Comecei a conversar sobre jardim com o cara que me abordou. Eu me interessava pelo assunto e ele parecia um especialista. O rapaz me deu uma consultoria de jardinagem e foi então que resolvi me tornar um doador e me envolver com o Greenpeace.

Falando sobre esse assunto, me veio à mente uma cena da minha infância. Quando pequeno, eu sempre ia para um sítio em Alpes de São Pedro. Lá havia uma erosão, era bonito de ver, mas como eu era pequeno, para mim parecia o Grand Canyon, cheio de barrancos com pedras para brincar. Voltei lá uns sete anos depois e foi decepcionante: o meu lugar da infância tinha virado um depósito de lixo. Me senti roubado, usaram o meu espaço do coração como lixão.

Implantei em minha rotina a coleta seletiva do lixo, mas confesso que não sei o que acontece depois que o entrego para a reciclagem. Fico na confiança de que seja tratado e reutilizado.

Enfim, torço pelas campanhas do Greenpeace e espero ter deixado alguma reflexão e algum recado útil para vivermos equilibrados e de forma integral.

Um abraço,

Edgard Chieppa Eliakim

Doador do Greenpeace há 3 anos

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