Líderes globais estão reunidos em Nairóbi, no Quênia, para terceira rodada de reuniões; sessão irá até 19 de novembro

Segundo a OCDE, o mundo produz 460 milhões de toneladas por ano © Juan Pablo Eijo / Greenpeace

As discussões sobre a criação do Tratado Global dos Plásticos estão sendo retomadas nesta segunda (13), em Nairóbi, no Quênia. A nova rodada de negociações acontece na sede do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e é a terceira das quatro sessões previstas pela ONU.

Os representantes de 167 países terão como foco as propostas do Rascunho Zero do instrumento. O texto-base foi divulgado em setembro deste ano e gerou expectativas na comunidade ambiental internacional.

O objetivo é garantir que os governos entrem em acordo sobre ações e políticas para frear a produção e consumo desnecessário dos plásticos, que causam impactos negativos para o meio ambiente e para a saúde da população – microplásticos já foram encontrados até mesmo no coração humano.

A melhor estratégia para reduzir a poluição plástica, segundo o Pnuma, é aumentar a reutilização, a reciclagem, a reorientação e a diversificação por meio de um modelo de economia circular.

Seguindo esta lógica, os escritórios do Greenpeace têm se articulado ao redor do mundo para mobilizar pessoas em defesa de um Tratado robusto, que realmente enderece soluções para os problemas apresentados e não fique refém dos interesses dos grandes produtores de plástico. 

O Greenpeace defende que o Tratado Global dos Plásticos deve:

• Acabar com a poluição plástica – da produção ao descarte;

• Estabelecer uma meta juridicamente vinculativa para a redução da produção de plásticos em pelo menos 75% até 2040, para que o mundo possa evitar cenários mais graves da crise climática;

Acabar com os plásticos de uso único e incentivar a reutilização;

Garantir uma transição energética justa e inclusiva para uma economia de baixo carbono, com a eliminação gradual dos combustíveis fósseis;

Tornar toda a cadeia de suprimentos de plásticos sustentável, por meio da capacitação de trabalhadores e priorização dos catadores de materiais recicláveis;

Estar firmemente enraizado em uma abordagem baseada nos direitos humanos que também vise a redução da desigualdade, priorize a saúde humana e centralize a justiça em sua criação e implementação;

Movimento global

A crise da poluição plástica é um dos maiores desafios ambientais que existem, afetando a vida marinha e a população nos quatro cantos do mundo. Para trazer atenção à importância da terceira rodada de negociações, o Greenpeace lança hoje um vídeo-manifesto com atores, ativistas, cientistas e atletas de diferentes países, pedindo o fim da Era do Plástico.

O vídeo conta com a participação da conservacionista Jane Goodall, do líder Waorani Nemonte Nenquimo, do ator Lee Jung-jae e outras personalidades.

Estamos diante de uma oportunidade única de paralisar a produção desenfreada de plásticos. Mas isso só será possível com um Tratado ambicioso e juridicamente vinculante, ou seja, com força de lei.

Compartilhe o vídeo com a sua rede e fortaleça a mobilização por um Futuro Sem Plásticos!

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