Na primeira semana de março, milhares de mulheres camponesas se reuniram na defesa de seus direitos e de formas diferentes de fazer agricultura

encontro de mulheres camponesas
Precisamos ouvir as mulheres que cuidam da terra e lutam por uma agricultura mais saudável e justa. © Janine Moraes

Em meio à celebração do Dia Internacional da Mulher (08/03), agricultoras de norte a sul do Brasil se reuniram em Brasília na primeira semana de março para contestar a agenda política que coloca em risco os direitos das trabalhadoras e trabalhadores do campo. Essa agenda de retrocessos tenta calar discussões relacionadas ao acesso à terra, maltrata o meio ambiente, incentiva cada vez mais o uso de agrotóxicos e agrava desigualdades e violências históricas no país.

Em preparação há cerca de dois anos, o Primeiro Encontro Nacional de Mulheres Sem Terra contou com 3,5 mil camponesas, que dedicam suas vidas a alimentar a população brasileira. Muitas integram o movimento que luta para que a agroecologia floresça no Brasil e nos coloque em um rumo mais saudável e justo.  

“Ouvimos com frequência que quem está insatisfeito com o modelo agrícola e seu uso intenso de agrotóxicos deveria ir pro campo produzir seu próprio alimento. É exatamente isso que essas agricultoras estão fazendo, não apenas para si mas para toda população. Elas tratam a terra com carinho e dela colhem os frutos, são uma fonte de inspiração para a classe produtora do país e para a sociedade”, diz Marina Lacôrte, agrônoma e especialista em Agricultura e Alimentação do Greenpeace Brasil.

“Precisamos ouvir essas mulheres que cuidam da terra, geram vida, criam abundância e ainda ousam sonhar com um futuro melhor para nosso país e sua gente”, conclui.

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