Ação simbólica em frente à Embaixada da Coreia do Sul em Brasília pede apoio para a liberação imediata dos ativistas

Ativistas entregaram uma carta direcionada ao embaixador Choi Yeon Ghan, pedindo apoio para que o caso seja resolvido da maneira mais rápida possível. #AtivismoNãoÉCrime #INC5 Warriors (Foto: Alexandre Bastos/Greenpeace)

Quatro meses após a realização de um protesto pacífico contra a poluição plástica na Coreia do Sul, quatro ativistas do Greenpeace Internacional continuam proibidos de deixar o país – mesmo após serem liberados da detenção inicial. 

Na ocasião, os quatro ativistas passaram dois dias detidos e foram soltos, mas seguem sob investigação. Um julgamento está marcado para 16 de maio e a decisão final deve sair em até um mês. Enquanto isso, eles não podem deixar o país e seguem longe de suas famílias, com suas rotinas completamente interrompidas.  

Em solidariedade aos ativistas, o Greenpeace Brasil organizou, na última terça-feira (15), um ato em frente à embaixada sul-coreana em Brasília, com faixas e cartazes com o pedido: “Deixem nossos ativistas voltarem para casa!”.

Uma carta endereçada ao embaixador sul-coreano no Brasil, Choi Yeon Ghan, também foi entregue no local, solicitando que ele interceda pelos ativistas do Greenpeace Internacional para que eles possam voltar para suas casas e familiares o mais rápido possível.

Contexto

Em novembro de 2024, Al, Ash, Jens e Sam escalaram o mastro de um navio petroquímico em Daesan para chamar atenção para os danos ambientais da produção desenfreada de plástico – justamente durante as negociações do Tratado Global de Plásticos que aconteciam no país. A capitã Hettie, do navio Rainbow Warrior, embarcação do Greenpeace que acompanhou a ação, também foi retida.

Para a organização, o prolongado processo é uma ameaça a liberdades fundamentais e ao direito à manifestação, um pilar fundamental da democracia.

O Greenpeace reforça que encontrar soluções para a crise global da poluição plástica é urgente. Ativistas não deveriam ser penalizados por agir diretamente para conscientizar sobre essa emergência, que afeta os oceanos e a saúde humana.

Além de ser protegido por diversas constituições ao redor do mundo, o direito à manifestação pacífica está consagrado em tratados internacionais, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
  

Ativistas do Greenpeace Brasil entregam carta direcionada ao embaixador Choi Yeon Ghan (Foto: Ale Bastos /Greenpeace Brasil)

Solidariedade 

Uma petição online foi criada para reunir assinaturas que serão entregues diretamente ao promotor e ao juiz responsável pelo caso. Faça parte dessa mobilização e nos ajude a pressionar! Ativismo não é crime. Participe e compartilhe com sua rede.

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