Um número recorde de eleitores norte-americanos foram às urnas e elegeram Joe Biden (Partido Democrata) como o próximo presidente e Kamala Harris como vice-presidente, a primeira mulher a assumir esse cargo nos Estados Unidos

Foram quatro anos de resistência ao governo Trump, não apenas nos Estados Unidos, mas em todo o mundo. © Katie Nelson / Greenpeace

Com a saída de Donald Trump da presidência dos Estados Unidos, o mundo assiste a uma vitória da democracia e da diversidade. Uma vitória da ciência diante de uma pandemia e da crise climática. Uma vitória para o meio ambiente e as florestas em todo o mundo.

Foram quatro anos de resistência ao governo Trump, não apenas nos Estados Unidos, mas em todo o mundo. Uma personagem da história que negou a crise do clima, a ciência e a própria pandemia, em um jogo ideológico, baseado em notícias falsas e extremismos. 

Aliado a Trump, o governo Bolsonaro estabeleceu uma diplomacia de alinhamento irrestrito com os Estados Unidos. Na área ambiental, o presidente brasileiro também segue os passos da gestão Trump, marcada por uma desregulamentação de normas de proteção ao meio ambiente. 

O mesmo vem acontecendo por aqui. Desde que assumiu o poder, Bolsonaro tem colocado em prática um desmonte completo das políticas ambientais do país. Sob seu comando e do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o Brasil vem batendo recordes de desmatamento, queimadas e destruição, especialmente nos biomas Amazônia, Pantanal e Cerrado. O desmatamento é um dos principais vilões da crise climática mundial. 

Bolsonaro já ameaçou sair do Acordo de Paris, tratado assinado por quase 200 países para combater o aquecimento global, abandonado por Trump. Apesar de ainda se manter no acordo, o Brasil não o cumpre. As emissões brasileiras de gases de efeito estufa aumentaram cerca de 10% em 2019, principalmente por conta do desmatamento na Amazônia. Os dados indicam que este ano o Brasil não conseguirá cumprir suas metas de emissão de carbono acordadas internacionalmente. 

Assim como a Covid-19, a crise do clima atinge desigualmente a população: mulheres, pretos, povos indígenas e todos aqueles em situação de vulnerabilidade, que foram invisibilizados e marginalizados, são os que mais sofrem com a pandemia e com as alterações climáticas. O mundo pós-Covid não irá tolerar um desenvolvimento sem respeito ao meio ambiente e às pessoas. 

A eleição dos Estados Unidos, com números recordes nas urnas, simboliza que as mudanças urgentes estão por vir. O sonho de um mundo que respeita tudo que é vivo e que busca a igualdade e diversidade para as futuras gerações pode ser realidade. 

Ainda é tempo de mudança.  

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