Americana quer se tornar a primeira cidade paulista a proibir a aplicação aérea de pesticidas nas lavouras, mas lobby do agronegócio é mais forte

Atualizado às 10h50 do dia 18/09/2017

(Com a colaboração de Juan Piva)

O Projeto de Lei 53/2017, de autoria do Vereador Profº Padre Sergio (PT), que visa banir a prática de pulverização aérea de agrotóxicos no município, foi reprovado pela Câmara Municipal de Americana, interior de São Paulo, na última quarta-feira (13). A iniciativa foi barrada por nove votos contra oito.

A proposta havia sido aprovada por unanimidade em primeira discussão, mas o lobby de empresas de aviação agrícola e produtoras de veneno em cima dos demais parlamentares foi forte no sentido de rejeitarem o projeto.

O Greenpeace participou da audiência pública que debateu a proposta e reconheceu a importância de sua aprovação para o município, que, de toda a sua área, apenas 5,85% pode receber agroquímicos por aeronaves. O Ministério Público, que constatou que não é fiscalizada a aplicação no espaço que compreende 1/3 do território americanense, apoia a iniciativa.

Lembrando que o PL garantiria a produção de alimentos orgânicos, a conservação de 37% das nascentes do município, maior proteção do solo, a qualidade do ar e a vida de animais da região, especialmente abelhas e pequenos mamíferos. Mais informações aqui: https://goo.gl/jjQQni.

“Considerando que a cidade de Americana está situada em uma região de intensa atividade agrícola e que usa muito da prática da pulveirização aérea, proibir essa atividade trará um impacto positivo muito significativo e pode servir de exemplo para outras cidades e regiões. A pulveirização aérea já é proibida em outros países e é um absurdo que ainda seja permitida no Brasil”, defende Marina Lacôrte, da campanha de Agricultura e Alimentação do Greenpeace.

Cobre seus candidatos para iniciativas como essa, que além de ajudarem na preservação do meio ambiente, contribuem para melhorar a qualidade de vida e saúde da população.

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