Confira o relato de Beatriz Campelo, ativista do Grupo de Voluntários do Greenpeace Brasil em Manaus, sobre o protesto realizado no leito seco do Rio Solimões, na cidade de Manacapuru (AM), para denunciar os impactos da seca extrema deste ano para as populações vulnerabilizadas

No leito seco do Rio Solimões, na cidade de Manacapuru (AM), ativistas do Greenpeace Brasil abriram uma faixa de 45mx18m em uma paisagem árida, onde antes passava um dos maiores rios da bacia Amazônica, para denunciar os impactos da crise climática na Amazônia. Foto: © Nilmar Lage / Greenpeace

Por Beatriz Campelo

Meu nome é Beatriz Campelo, sou ativista socioambiental e voluntária do Greenpeace Brasil, com atuação local no Amazonas há cinco anos, por meio do grupo de voluntários de Manaus, onde atualmente sou facilitadora. 

Moro no Norte do Brasil, na capital do Amazonas, Manaus. Durante esse período de verão amazônico, participei de atividades de mobilização do Greenpeace Brasil em Manacapuru, com foco na estiagem e seca no estado. Atravessar boa parte do Rio Solimões a pé, em uma área que deveria estar coberta por água, mas que agora se transformou em um “deserto” de areia, foi uma experiência assustadora. 

A situação no Amazonas é devastadora, especialmente para quem vive aqui! Estamos acostumados com rios abundantes, que são de extrema importância para nós. Eles são mais do que caminhos de água; por meio deles, ocorre o acesso à educação, saúde, transporte de alimentos, remédios e mercadorias para milhões de pessoas.

Mas, isso está se tornando cada vez mais difícil devido à seca extrema que estamos presenciando, comprometendo o acesso a recursos básicos para as populações mais vulnerabilizadas.

Em Manacapuru, tive uma experiência profundamente marcante ao presenciar as cruéis consequências da seca no ecossistema amazônico. Durante nossa caminhada, vimos muitos animais mortos, incluindo peixes de várias espécies, cobertos pela areia do “deserto” que se formou onde antes existia o rio.

A cidade que queremos para nós e para todos precisa ser construída! É urgente que os governos (federal, estaduais, distrital e municipais) e os legisladores priorizem a elaboração e implementação de planos de adaptação aos eventos climáticos extremos. Esses planos são essenciais para mitigar os efeitos da crise climática em nossos territórios e para criar cidades mais justas e seguras, especialmente para as populações vulneráveis, que são as mais afetadas seja por secas, fumaça e/ou enchentes.

Se você se preocupa com os impactos das mudanças climáticas na sua vida, junte-se a nós. Assine a petição do Greenpeace Brasil, que exige ações efetivas dos governos e legisladores para enfrentar as mudanças climáticas!

Sem a ajuda de pessoas como você, nosso trabalho não seria possível. O Greenpeace Brasil é uma organização independente - não aceitamos recursos de empresas, governos ou partidos políticos. Por favor, faça uma doação hoje mesmo e nos ajude a ampliar nosso trabalho de pesquisa, monitoramento e denúncia de crimes ambientais. Clique abaixo e faça a diferença!