Isso já deveria ter acontecido!
8 soluções que já deveriam estar acontecendo:
1) Os poluidores devem pagar! Sendo a indústria fóssil a grande vilã da emergência climática, ao lado dos países desenvolvidos, nada mais justo que eles paguem pela destruição que causaram ao planeta! É por isso que defendemos que, em fóruns como a 29ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP29), os líderes globais acordem um financiamento climático com repasse anual de US$ 1 trilhão. Somente assim será possível que os países que mais sofrem com os eventos extremos – e os que menos contribuíram para o agravamento da crise do clima – consigam implementar ações climáticas de reparação, adaptação e mitigação.
2) Retirada de pauta de todos os 25 projetos de lei e três PECs do “pacote da destruição”. Já que o setor agropecuário se diz preocupado e prejudicado com as queimadas, o setor e seus representantes no Legislativo, como a bancada ruralista, devem retirar suas propostas que flexibilizam a legislação ambiental e reduzem a resiliência do país;
3) Os governos (Federal, Estaduais e Distrital, Municipais) precisam responsabilizar e punir devidamente quem comete incêndios criminosos – além de embargar e multar mais, é necessário efetivar o pagamento da multa, o que não ocorre na maioria dos casos.
4) Os governos precisam aumentar – e muito! – a capacidade operacional para prevenção e combate aos incêndios. Não adianta termos somente brigadistas em parte do ano. As brigadas precisam ser bem estruturadas e equipadas para prevenir ou conter rapidamente quando o fogo for iniciado, incluindo a constituição de brigadas aéreas;
5) O investimento público em políticas de adaptação é de extrema importância para que as perdas e os danos de eventos climáticos extremos sejam minimizados, e por mais que o debate seja fundamental no nível Federal, são os municípios os responsáveis por aplicar as medidas de enfrentamento às consequências da crise climática e mudar a realidade nas cidades;
6) Os governos precisam continuar combatendo o desmatamento, como também buscar atingir o Desmatamento Zero ainda antes de 2030, já que esta é a maior contribuição que o Brasil pode dar para ajudar a mitigar os efeitos da crise climática que vivemos. Para isso, além de garantir comando e controle efetivos contra o fogo e outros ilícitos, é preciso aprofundar políticas agropecuárias de baixo carbono, tornando-as vinculantes para acesso ao crédito e assistência técnica;
7) Instituições financeiras devem vedar a concessão de crédito para imóveis rurais que tenham usado fogo de maneira ilegal. Incluir em seus critérios de concessão de crédito rural, a restrição para tomadores que tenham qualquer tipo de infração ambiental em seu nome e propriedades, seja embargo ou multa e promover ou exigir a rastreabilidade quando o financiamento for destinado à pecuária.
8) Um dos maiores agravantes da crise climática é a queima de combustíveis fósseis. O Brasil pode se consolidar como uma liderança climática, mas para isso, o país precisa deixar de lado a abertura de novas fronteiras de exploração de petróleo em áreas sensíveis, como a Bacia da Foz do Amazonas, e priorizar uma transição energética justa, inclusiva e popular e modelos de desenvolvimento que respeitem os limites da natureza, os direitos dos povos originários e tradicionais e que contem com o comprometimento de diversos setores do Estado – incluindo a Petrobras.
É fogo em quase todo o país
Em 2024, extensas queimadas atingiram o Brasil – a maioria iniciada por ações humanas.
Cerca de 80% do Brasil – e mais da metade da América do Sul – ficaram cobertos por fumaça em setembro de 2024. O fogo atingiu áreas enormes de biomas importantes – Amazônia, Cerrado, Pantanal e Gran Chaco. As consequências foram muito sérias para a vida e a saúde de muita gente.😷
🌬️A corrente atmosférica que normalmente carrega vapor de água da Amazônia para o restante do continente passou a carregar fumaça, então até o Sul e o Sudeste do Brasil foram afetados!
Ou seja: os efeitos da crise climática chegam para todo mundo. Precisamos cobrar ações sérias para enfrentá-la!
Os rios secaram no Norte
Na região Amazônica os rios são fonte de água, de alimento e também são meios de transporte.
Então, quando os rios secam de forma extrema, as pessoas ficam isoladas, sem acesso a comida e água, a atendimento médico, a escolas e até mesmo a suas famílias.
As primeiras pessoas atingidas pela seca e a estiagem são as populações que vivem na região Norte e dependem dos rios para viver. Mas os impactos das estiagens severas vão acabar afetando a todas as pessoas!
Em outra parte do país, chuvas extremas alagam as cidades
Impulsionadas pelas mudanças climáticas, as chuvas extremas têm causado enchentes cada vez mais graves – no Brasil e em muitas partes do mundo…
Os alagamentos severos prejudicam a infraestrutura das cidades e impactam diretamente – e de forma mais intensa – as comunidades já vulnerabilizadas por questões socioeconômicas.
Além dos danos materiais, as enchentes colocam em risco a saúde pública e a segurança alimentar. Ou seja, até quem não está nas áreas alagadas sofre com os impactos. Então, precisamos nos unir para cobrar soluções.
Quem faz a dívida e quem paga a conta?
Com o agravamento da crise climática, causado pela ação humana, as tragédias se intensificam. Mas não são os grandes produtores de combustíveis fósseis os mais impactados e sim as populações ribeirinhas, quilombolas, indígenas, pretas e periféricas, afetadas pela seca, fumaça ou enchentes.
Enquanto as empresas lucram, outros têm as vidas destruídas pelo caos climático.
Precisamos de uma transição energética justa, popular e financiada pelas nações responsáveis pelas maiores emissões de CO2. Mais florestas, menos petróleo!
Se você se preocupa com a biodiversidade e com a saúde do planeta, junte-se a nós: assine a petição para cobrar de governos e legisladores do Brasil ações incisivas para combater as mudanças climáticas!